A Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) aprovou na última terça-feira (13), 5% de reajuste salarial para os professores da Rede Estadual de Educação, proposto pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O reajuste, porém, ainda é considerado insuficiente para a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). A deputada estadual e também segunda presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Professora Bebel (PT), afirmou que a categoria tem direito a um reajuste de, pelo menos, a inflação do período.
“Isso é muito pouco, temos direito a no mínimo a inflação do período”, disse. De acordo com a Apeoesp, o quadro é ainda pior para cerca de 100 mil professores que fazem parte da carreira do magistério paulista, e que terão um reajuste de 0,6% a 0,8%. Na tribuna da Alesp, Bebel ressaltou ainda que os 5% proposto pelo governo estadual e aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, apesar de insuficiente, é resultado da ação e mobilização da Apeoesp, que desde o ano passado vem pressionando tanto o governador Tarcísio de Freitas como o secretário estadual da Educação, Renato Feder, por um reajuste digno à categoria. Segundo a deputada, a pressão forçou o governo estadual a propor os 5% de reajuste, apesar de o total não repor a inflação dos últimos dois anos, que totaliza 6,27% de acúmulo.
A Apeoesp informou que a mobilização da categoria continua e que os professores e trabalhadores da educação vão se reunir novamente em assembleia no dia 6 de junho em frente ao Masp. A Apeoesp volta a se reunir, em negociação mediada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no próximo dia 25 de maio para discutir tanto o reajuste da categoria como outras reivindicações da categoria. “Vamos deixar claro que nada foi resolvido, uma vez que 100 mil professores estarão recebendo menos de 1%. Queremos a paridade para toda categoria”, disse Bebel.
Bebel também criticou o reajuste de 5% para todos os servidores estaduais, que têm uma perda nos últimos dois anos que somam 9,45%, uma vez que a categoria não teve reajuste salarial no ano passado. “Voto favorável ao projeto, para garantir pelo menos esse reajuste de 5%, mas a luta continua. Lamentavelmente isso demonstra a pauperização dos servidores públicos no governo de Tarcísio de Freitas”, destacou.
Comentários: