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Gastos com futebol mobilizam 61% dos brasileiros, mostra pesquisa

Ex-jogadora Formiga afirmou que pôde acompanhar de dentro das quatro linhas o aumento gradual no interesse do público pelo futebol praticado pelas mulheres

Gastos com futebol mobilizam 61% dos brasileiros, mostra pesquisa
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Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (7) pela Serasa em parceria com o instituto de pesquisa Opinion Box mostrou que a maior parte da população brasileira destina alguma parte do orçamento doméstico para gastos relacionados com o futebol.

Segundo o estudo "Gastos pessoais com a paixão futebol", 61% das pessoas disseram ter o hábito de comprar produtos ou serviços relacionados ao esporte. A compra de camisas de times ou de uniformes de jogadores lidera os gastos com folga, sendo citada por 71% dos entrevistados.

Produtos licenciados, ingressos para jogos e assinatura de streaming ou pay-per-view vêm na sequência, com 35%, 34% e 32%, respectivamente.

Há ainda 15% que disseram ter gastos com programas de sócio-torcedor. Entre os 85% que não têm gasto com sócio-torcedor, 47% demonstraram interesse em fazer parte em algum momento.

Além disso, para os brasileiros que costumam comprar itens relacionados ao futebol regularmente, os gastos mensais são realidade para até 81%. Cerca da metade desse grupo (45%) gasta até R$ 100, enquanto 27% gastam entre R$ 101 e R$ 300, e 9%, acima de R$ 300.

A pesquisa trouxe ainda que 28% dos gastos são voltados para o consumo próprio, enquanto as compras para filhos e cônjuges representam 15%, cada.

Foram feitas 2.940 entrevistas em junho de 2025, com 47% de homens e 53% de mulheres, nas cinco regiões do país. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual, para mais ou para menos.

"A educação financeira é muito importante para entender que o futebol é uma paixão, traz muita felicidade e até impacta o humor [66% disseram que o futebol influencia o humor de alguma forma no dia a dia], mas é um entretenimento. Então, independentemente dos gastos com o futebol, é importante que ele esteja numa linha de entretenimento no orçamento mensal", afirmou Fernando Gambaro, especialista em educação financeira da Serasa.

"É preciso entender que é um gasto, e até um investimento na saúde mental, mas que esse gasto não pode impactar o orçamento familiar e as contas que são prioridade no dia a dia", acrescentou.

A TV fechada vêm na sequência (55%), e é seguida pelo YouTube (42%), pelas plataformas de streaming (31%) e pelo Instagram (25%), além do acompanhamento presencial nos estádios (23%).

"Tem muita discussão sobre se a TV está morrendo, mas, para o futebol, não é isso o que a pesquisa mostra", disse Felipe Schepers, diretor do Instituto Opinion Box.

Ao serem questionados se já acompanharam uma partida de futebol profissional em estádios, 62% responderam que sim.

Na quebra por faixa etária, os que mais vão aos jogos são os jovens entre 18 e 24 anos (63%), "o que pode ser um indicativo de lugar para socializarem", segundo a Serasa.

Conforme a pesquisa, 53% dos entrevistados afirmaram que já estão se planejando financeiramente para ir a jogos de futebol de clubes ou de seleções até 2027. Desse grupo, 56% disseram que pretendem investir até R$ 1.000 com esses eventos esportivos.

No total, com ou sem planejamento, 65% dos entrevistados responderam que pretendem ir a algum jogo nos próximos dois anos.

Vice-campeã olímpica e mundial com a seleção brasileira, a ex-jogadora Formiga afirmou que pôde acompanhar de dentro das quatro linhas o aumento gradual no interesse do público pelo futebol praticado pelas mulheres.

"Hoje a gente vê essa evolução e, querendo ou não, a internet traz muito disso quando a gente fala da questão do futebol feminino, porque realmente não tinha visibilidade nenhuma. É uma construção para acontecer e virar realidade", afirmou a ex-jogadora.

Por outro lado, 32% dos entrevistados responderam estar dispostos a pagar até mais caro por uma experiência exclusiva com seus times, enquanto 31% considerariam viajar para qualquer lugar do mundo para acompanhar a equipe do coração.

"Quando existem campeonatos como a Copa do Mundo de Clubes, que demanda um planejamento para ir para fora do país, as pessoas conseguem se planejar mais. E acho que as redes sociais acabam intensificando essa paixão. As pessoas veem quando um amigo, um conhecido ou um influenciador viaja para eventos assim, e acabam tendo mais vontade de ir também. Isso aumenta o consumo", afirmou Gambaro.

"Quanto mais as informações chegam, a gente consegue realmente conscientizar as pessoas e todos os torcedores, para que eles tenham a chance de comprar uma camisa e ir ao estádio."

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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