A nadadora portuguesa transgênero Hannah Caldas, de 47 anos, foi suspensa por cinco anos de todas as competições femininas pela Federação Internacional de Natação (World Aquatics).
A suspensão ocorreu após a atleta se recusar a realizar um teste de verificação de sexo. Segundo o Daily Mail, o exame foi exigido para que ela pudesse competir na categoria sênior feminina do Masters World Championships, realizado em 2024.
A World Aquatics solicitou que Hannah se submetesse a um teste genético ou cromossômico. Exigência aconteceu mesmo após a atleta fornecer à organização sua certidão de nascimento, que a identificava como mulher.
Residente na Califórnia e representante dos Estados Unidos nas competições, a nadadora se pronunciou. "Compreendo e aceito as consequências. Mas uma suspensão de cinco anos é o preço que tenho de pagar para proteger as minhas informações médicas mais íntimas."
Hannah classificou a exigência do teste como invasiva e afirmou que seu plano de saúde não cobre esse tipo de exame, já que ela teria que arcar com todos os custos. "Os testes cromossômicos são procedimentos invasivos e caros. Meu plano de saúde se recusa a cobrir esse tipo de teste porque não é clinicamente necessário."
A proibição aconteceu dois meses depois que a US Masters Swimming liberou a atleta para competir em categorias femininas em seus eventos. Hannah participou de um campeonato em abril e venceu em cinco categorias. Em comunicado, a organização repudiou a decisão da World Aquatics.
Após a competição, a US Masters Swimming foi processada por Ken Paxton, um procurador do Texas. Segundo o processo, outras nadadoras teriam sofrido desvantagem ao competir com Hannah e outra atleta transgênero. O procurador afirmou que a participação de Hannah no evento "privou as participantes femininas da oportunidade de ter sucesso nos níveis mais altos".
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