Um episódio recente em uma escola infantil de Araucária, no Paraná, trouxe à tona as dificuldades enfrentadas por quem convive com a doença celíaca. A situação começou quando uma aluna levou de casa um bolo de cenoura sem glúten, preparado especialmente por sua mãe, por não poder consumir os alimentos servidos na instituição. O gesto, embora simples, acabou gerando polêmica e evidenciou o desconhecimento ainda presente sobre essa condição autoimune, que exige restrição total ao glúten para prevenir sérias complicações de saúde. O caso reforça a importância de datas como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca, celebrado em 16 de maio, que tem como objetivo ampliar o debate e a empatia em torno do tema, contribuindo para uma sociedade mais informada e acolhedora.
A doença celíaca é uma condição autoimune crônica, causada pela intolerância permanente ao glúten — proteína presente em cereais como trigo, cevada, centeio e aveia. Quando pessoas com essa condição consomem glúten, o sistema imunológico reage de forma anormal, provocando uma inflamação que danifica as vilosidades do intestino delgado. Esse dano compromete diretamente a absorção de nutrientes, podendo levar a diversos problemas de saúde ao longo do tempo. Sem cura, o controle da dieta é um tratamento vitalício.
O médico especialista em aparelho digestivo e cirurgião geral do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dr. Vitor Mercante, explica que é importante diferenciar a doença celíaca de outras reações ao glúten, como uma simples intolerância e a sensibilidade não celíaca. “A intolerância ao glúten não envolve uma resposta autoimune nem alérgica, embora possa causar desconfortos. Já a sensibilidade ao glúten gera sintomas semelhantes aos da doença celíaca, mas sem que haja alergia ou a destruição das vilosidades intestinais. Nesses casos, os sintomas aparecem apenas durante o consumo de alimentos que contêm a proteína.”

Um episódio recente em uma escola infantil de Araucária, no Paraná, trouxe à tona as dificuldades enfrentadas por quem convive com a doença celíaca. A situação começou quando uma aluna levou de casa um bolo de cenoura sem glúten, preparado especialmente por sua mãe, por não poder consumir os alimentos servidos na instituição. O gesto, embora simples, acabou gerando polêmica e evidenciou o desconhecimento ainda presente sobre essa condição autoimune, que exige restrição total ao glúten para prevenir sérias complicações de saúde. O caso reforça a importância de datas como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca, celebrado em 16 de maio, que tem como objetivo ampliar o debate e a empatia em torno do tema, contribuindo para uma sociedade mais informada e acolhedora.
A doença celíaca é uma condição autoimune crônica, causada pela intolerância permanente ao glúten — proteína presente em cereais como trigo, cevada, centeio e aveia. Quando pessoas com essa condição consomem glúten, o sistema imunológico reage de forma anormal, provocando uma inflamação que danifica as vilosidades do intestino delgado. Esse dano compromete diretamente a absorção de nutrientes, podendo levar a diversos problemas de saúde ao longo do tempo. Sem cura, o controle da dieta é um tratamento vitalício.
O médico especialista em aparelho digestivo e cirurgião geral do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dr. Vitor Mercante, explica que é importante diferenciar a doença celíaca de outras reações ao glúten, como uma simples intolerância e a sensibilidade não celíaca. “A intolerância ao glúten não envolve uma resposta autoimune nem alérgica, embora possa causar desconfortos. Já a sensibilidade ao glúten gera sintomas semelhantes aos da doença celíaca, mas sem que haja alergia ou a destruição das vilosidades intestinais. Nesses casos, os sintomas aparecem apenas durante o consumo de alimentos que contêm a proteína.”
Vitor fala sobre os sinais da doença celíaca e a importância do tratamento
Sintomas e Contaminação
Os sintomas da doença celíaca podem variar de pessoa para pessoa, mas alguns são bastante comuns. Em muitos casos, os primeiros sinais incluem diarreia, dor abdominal, distensão e inchaço na região da barriga, além de cansaço e fadiga frequentes.
“Devido à má absorção de nutrientes, é comum que o paciente apresente perda de peso e até anemia. A deficiência de cálcio, causada pela inflamação intestinal, pode levar à osteoporose. Também podem surgir dores articulares, que muitas vezes levam à investigação de outras causas antes do diagnóstico correto. Em alguns casos, ocorrem constipação intestinal e até alterações neurológicas, reforçando a importância de um diagnóstico precoce e acompanhamento médico adequado”, reforça o especialista.
Um ponto importante a ser considerado é a questão da contaminação cruzada. Embora a aveia, por natureza, não contenha glúten, ela costuma ser processada nos mesmos equipamentos utilizados para outros grãos, como o trigo. Isso pode resultar na presença de traços de glúten, mesmo em produtos feitos apenas com aveia. Por isso, é essencial que a pessoa celíaca ou intolerante sempre leia o rótulo com atenção. A legislação brasileira exige que os produtos industrializados informem se contêm ou não glúten, o que facilita a identificação segura. Se o produto de aveia não estiver claramente identificado, não há garantia de que esteja livre de contaminação. Alguns alimentos são naturalmente livres de glúten, como arroz, milho, frutas, vegetais e carnes. Esses podem ser consumidos com segurança por pessoas com doença celíaca ou intolerância.
A legislação brasileira exige que os produtos industrializados informem se contêm ou não glúten
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da doença celíaca é feito por exames de sangue, que identificam anticorpos específicos como antitransglutaminase e antiendomísio. Em alguns casos, é necessária uma biópsia do intestino delgado, realizada por endoscopia. O único tratamento eficaz é a retirada total do glúten da alimentação. O consumo contínuo, mesmo em pequenas quantidades, causa inflamação crônica no intestino, levando à má absorção de nutrientes, deficiências nutricionais, infertilidade e aumento do risco de câncer intestinal.
“Hoje, apesar de os alimentos sem glúten ainda serem mais caros, há muito mais opções disponíveis no mercado. O paciente celíaco precisa ler rótulos com atenção e, muitas vezes, levar sua própria comida para garantir segurança. O ambiente familiar e social também costuma se adaptar, adotando hábitos que promovem inclusão e facilitam a convivência com a doença. Com informação, apoio e cuidado, é possível conviver com a doença com saúde e qualidade de vida”, finaliza o médico.
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