A nova tarifa imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros coloca em risco parte expressiva das exportações de Campinas. Dados preliminares indicam que 40% do que a cidade vende ao mercado norte-americano poderá ser taxado em até 50%, incluindo itens da indústria automobilística e têxtil, máquinas e equipamentos agrícolas e artigos ortopédicos.
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As exportações para os EUA representam 25% das vendas externas do município, movimentando cerca de R$ 1,5 bilhão ao ano. Parte dos produtos, como pneumáticos, motores e geradores elétricos, bombas de ar e transformadores destinados à aviação civil, está na lista de exceção, respondendo por 46,9% da produção exportada.
O prefeito Dário Saadi afirmou que os impactos estão sendo discutidos com prefeitos da Região Metropolitana e de outras cidades exportadoras. “Temos que levar este debate ao Governo Federal e Estadual e discutir ações para minimizar a situação dos exportadores”, disse. O tema será debatido na reunião do Conselho da RMC no dia 20 de agosto.
Campinas também integra a comissão nacional de cidades exportadoras da Frente Nacional de Prefeitos, que se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin. Entre as demandas apresentadas estão apoio a pequenas e médias empresas pelo programa Reintegra e a busca de novos mercados.
O tarifaço, assinado pelo presidente Donald Trump, acrescenta 40% às tarifas já praticadas, chegando a 50%. Embora haja isenção para quase 700 itens, como aeronaves e suco de laranja, o impacto será significativo em regiões com forte atividade exportadora, como Campinas e sua região metropolitana.
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