Pirajuí Rádio Clube FM

Política

Carlos Bolsonaro comandou estratégia de desinformação, diz PF

Carlos Bolsonaro (PL-RJ) é acusado de integrar o núcleo político do esquema clandestino de espionagem na Abin paralela

Carlos Bolsonaro comandou estratégia de desinformação, diz PF
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

O relatório final da investigação da "Abin paralela" afirma que o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), acusado de integrar o núcleo político do esquema clandestino de espionagem na agência, teve "papel de comando na estratégia de desinformação e na articulação de estruturas clandestinas".

De acordo com a Polícia Federal, Carlos foi um dos principais responsáveis pela concepção e manutenção da estrutura conhecida como "gabinete do ódio", que atacava supostos inimigos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"O investigado figura no cerne das ações delituosas da organização criminosa e conforme corroborado por testemunhas foi o idealizador da 'inteligência paralela' formada por um delegado e três agentes, por não confiar nas estruturas oficiais", diz a PF.

Segundo o relatório, o produto ilícito da estrutura paralela municiou o núcleo político para atacar opositores políticos, instituições democráticas (em especial o Poder Judiciário e o sistema eleitoral) e promover a agenda da organização.

A PF também apontou para uma tarefa de contrainteligência que seria destinada a "proteger" o núcleo familiar de investigações oficiais, em que recorriam a Alexandre Ramagem, então diretor da Abin e hoje deputado federal pelo PL, para saber sobre investigações em curso na PF.

A polícia ainda afirma que eram reverberadas campanhas de desinformação pelo núcleo político para obter vantagens de ordem política, desacreditando o sistema eleitoral e ataques a opositores.

"Carlos Bolsonaro declarou, reforçando sua posição, ser responsável junto com Jair Bolsonaro, pelas redes sociais deste, plataformas utilizadas sistematicamente para a disseminação da desinformação e ataques a opositores. Neste sentido, evidências relacionadas a sua assessora reforçam a participação do investigado diretamente em campanhas de desacreditação do processo eleitoral", diz a PF.

Carlos foi indiciado sob suspeita do crime de organização criminosa armada. A PF optou por não indiciar Jair Bolsonaro neste crime, por considerar que já existe ação penal em curso sobre esta conduta.

Apesar disso, incluiu o ex-presidente no núcleo político da organização criminosa acusada de estar por detrás da conduta ilícita atribuída ao órgão.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
Comentários:

Veja também