Pirajuí Rádio Clube FM

Saúde

Campanha pede inclusão de medicamentos contra obesidade no SUS

Segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2025, 31% dos adultos brasileiros sofrem de obesidade, e 68% estão com sobrepeso

Campanha pede inclusão de medicamentos contra obesidade no SUS
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) lançou uma campanha nacional para incluir medicamentos de combate à obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS). O movimento conta com o apoio de diversas entidades importantes, como a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Em comunicado, a Sbem informou que a ação busca mobilizar a sociedade e as autoridades para criar políticas públicas que garantam o acesso a tratamentos adequados, especialmente medicamentos, na rede pública de saúde. A entidade destaca que a obesidade, embora seja reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença crônica, ainda não tem tratamento medicamentoso incorporado ao SUS.

"Enquanto pacientes com hipertensão, diabetes ou asma têm acesso gratuito a medicamentos, aqueles que vivem com obesidade permanecem sem qualquer alternativa terapêutica na rede pública", disse em nota oficial.

A nota aponta que, nos últimos cinco anos, quatro medicamentos para tratamento da obesidade, incluindo o orlistate, sibutramina, liraglutida e semaglutida (popularmente conhecida como "caneta emagrecedora"), tiveram sua inclusão negada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

Impacto da Obesidade no Brasil

A campanha utiliza dados do Atlas Mundial da Obesidade 2025, da Federação Mundial da Obesidade (WOF), para reforçar a urgência do problema. O relatório indica que 31% dos adultos brasileiros sofrem de obesidade, e 68% estão com sobrepeso, o que representa quase sete em cada dez adultos com excesso de peso. Se não houver intervenção, as projeções mostram que quase metade da população adulta (48%) estará obesa até 2044.

O documento também alerta para o alto custo humano e financeiro da obesidade. Mais de 60 mil mortes prematuras no Brasil são atribuídas ao sobrepeso e à obesidade, por sua relação com doenças crônicas como diabetes tipo 2 e AVC.

Além do impacto na saúde, o problema impõe custos expressivos ao sistema. Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estima que os custos diretos para o SUS com doenças associadas à obesidade podem chegar a US$ 1,8 bilhão entre 2021 e 2030. As perdas indiretas, como anos de vida produtiva, podem atingir US$ 20 bilhões.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
Comentários:

Veja também