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Trump recua em tarifas e provoca disparada histórica nos mercados

Decisão surpreendente alivia pressão sobre países aliados, mas intensifica embate com China.

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Numa reviravolta surpreendente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nessa quarta-feira (9) a suspensão temporária das tarifas que havia imposto a dezenas de países. A medida, no entanto, veio acompanhada de aumento nas taxas sobre importações da China, aprofundando o impasse entre as duas maiores economias do mundo.

O gesto, feito menos de 24 horas após as tarifas entrarem em vigor, causou disparada histórica nas bolsas globais.

Trump justificou a mudança dizendo que os mercados estavam “exagerando”, e afirmou que é preciso “ter flexibilidade”. Apesar da reversão parcial, um imposto geral de 10% sobre quase todas as importações norte-americanas segue em vigor, assim como as tarifas sobre aço, alumínio e automóveis.

As alíquotas sobre produtos chineses, por outro lado, passaram de 104% para 125%, em mais um capítulo da guerra comercial com Pequim. O presidente norte-americano indicou que a turbulência financeira dos últimos dias — que eliminou trilhões de dólares do mercado — pesou na decisão. O Tesouro americano, no entanto, afirmou que a estratégia sempre foi provocar reações e forçar negociações.

A trégua de 90 dias nas tarifas não se aplica a Canadá e México, cujos produtos ainda estão sujeitos a sobretaxas relacionadas à crise do fentanil, caso não sigam as regras do acordo comercial USMCA (Acordo Estados Unidos-México-Canadá).

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, negou que o recuo tenha sido motivado pelo caos nos mercados e disse que o objetivo era recompensar países que evitaram retaliações.

Apesar do alívio momentâneo, analistas alertam que os impactos dos dias de incerteza ainda são profundos. A expectativa de recessão nos EUA caiu de 65% para 45%, segundo o Goldman Sachs, mas o temor de aumento generalizado nos preços persiste.

Trump sinalizou que está aberto a um acordo com a China, embora tenha deixado claro que priorizará negociações com aliados asiáticos. “A China quer fazer um acordo. Só não sabe bem como fazê-lo”, afirmou.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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