A Toyota paralisou as atividades de todas as suas fábricas no Brasil, sem previsão de retomada, após um fenômeno conhecido como microexplosão atmosférica ter destruído sua unidade de motores em Porto Feliz (SP).
Com as fábricas fechadas, a produção de Yaris Cross, Yaris (para exportação), Corolla e Corolla Cross foi interrompida. A informação foi confirmada à reportagem pela fabricante e pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.
A Toyota é a quinta maior fabricante do Brasil, atrás de Stellantis, Volkswagen, General Motors e Hyundai. Em 2024, produziu mais de 200 mil veículos no país.
O sindicato se reuniu com representantes da Toyota na quarta-feira (24). No encontro, a fabricante revelou que, por conta do desastre que acometeu Porto Feliz, também suspendeu atividades em Sorocaba (SP) e Indaiatuba (SP). A primeira unidade faz o Yaris, Yaris Cross e Corolla Cross, enquanto a segunda é responsável (pelo menos até o fim deste ano) pelo sedã Corolla.
A paralisação geral, que pode ir até 2026, se dá pela falta de motores, produzidos pela Toyota justamente em Porto Feliz. Lá são feitos os propulsores 2.0 Dynamic Force de Corolla e Corolla Cross, além do 1.5 do Yaris, que saiu de linha no Brasil, mas continua sendo fabricado em Sorocaba para exportação.
Vale ainda frisar que a unidade estava se preparando para começar a produção de uma evolução desse motor 1.5, a fim de equipar as versões flex do Yaris Cross. Porto Feliz também será responsável pela montagem do sistema elétrico do conjunto híbrido flex que estará nas opções de topo do SUV compacto.
A Toyota disse, em comunicado oficial, que a retomada da planta de motores deverá "levar meses". Portanto, a empresa começa a buscar alternativas para retomar a produção de veículos no Brasil. Uma delas, por exemplo, é a importação dos propulsores.
Toyota não demitirá funcionários o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região garantiu que, pelo menos em Sorocaba, a Toyota não fará cortes de funcionários. De acordo com a entidade, o complexo garante 4.500 empregos, além de uma cadeia produtiva que gera cerca de sete empregos indiretos para cada posto direto.
FONTE/CRÉDITOS: Portal g1 (por Marcus Celestino) - condensação.
Comentários: