Policiais militares prenderam, na madrugada desta quinta-feira (11), o homem procurado como suspeito de ter atirado no pescoço do cabo Johannes Kennedy Santana Lino durante uma abordagem em Paraisópolis. O caso ocorreu em 7 de agosto, e o suspeito estava foragido.
Kauan Alison dos Santos, 20, foi encontrado às 3h35 por policiais militares do 37º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) no Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo, e conduzido à delegacia.
O caso está sendo registrado no 89º Distrito Policial (Jardim Taboão), segundo a Secretaria da Segurança Pública. A reportagem não localizou a defesa dele.
Após ser baleado, o policial foi socorrido e levado ao Hospital das Clínicas, onde foi medicado e teve alta dias depois.
O cabo Johannes foi baleado no pescoço ao tentar imobilizar Alison, após perseguição que começou fora da favela, na Chácara Santo Antonio. Ao chegar a uma viela já em Paraisópolis, o jovem deixou a moto caída e saiu correndo. O policial prosseguiu e o alcançou, gritando "parou, parou!". Ele parou e colocou as mãos na cabeça por um instante, mas logo voltou a correr no sentido contrário.
O PM deu a volta e alcançou Alison, que, desta vez, partiu para cima do policial, iniciando a briga. Ele chegou a falar "perdi", quando o PM respondeu "perdeu mesmo", imobilizando-o no chão. Pelo rádio, Johannes pediu apoio do Copom, enquanto mantinha o homem deitado de bruços no chão.
Nesse momento, um outro homem -Gabriel dos Santos- apareceu e começou a falar que não era para bater em Alison, e o PM respondeu que ele estava roubando. Após alguns instantes de gritaria, o jovem tentou se desvencilhar e o PM empunhou sua arma.
Gabriel, então, começou a puxar Alison, falando para o cabo soltá-lo. Quando o PM apontou a arma, Gabriel ficou repetindo "olha essa arma na mão". Instantes depois, com a imagem encoberta, ouviu-se um tiro, o policial caiu e a dupla correu.
"Quando o disparo me atingiu, não tinha consciência se era disparo ou pedra, porque estavam jogando várias pedras. Só senti o corpo desabar, e a mão não estava obedecendo. Aí consegui chamar o apoio. A sensação é horrível", lembrou o agente.
Dois dias depois, o suspeito que, segundo a polícia, roubou a arma do policial militar durante a abordagem, foi preso por policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), da Polícia Civil.
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