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SP melhora em alfabetização, mas fica abaixo da média nacional

Na esfera municipal, dos 5.312 municípios que participaram da avaliação em 2023 e 2024, 58% deles aumentaram o percentual de alunos alfabetização

SP melhora em alfabetização, mas fica abaixo da média nacional
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 A rede pública de ensino do estado de São Paulo aumentou de 51,91%, em 2023, para 58,1%, em 2024, o percentual de crianças alfabetizadas, mas ficou abaixo da média nacional, que foi de 59,2%, segundo dados do MEC (Ministério da Educação). Os dados refletem o desempenho das redes municipais e estadual.

As informações do Indicador Criança Alfabetizada foram apresentadas pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa) na sede do MEC nesta sexta-feira (11).

Apesar de ficar atrás da média nacional, São Paulo pontuou acima da meta para o estado, que era de 57%. O país como um todo ficou abaixo da meta nacional, estabelecida pelo no programa Criança Alfabetizada, que era atingir 60%.

Em nota, a secretaria estadual de Educação de São Paulo afirmou que a rede obteve avanços nos últimos anos e que os números apresentados pelo MEC "mostram consonância com esse resultado", tanto no estado quanto na capital. A pasta da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) destacou os programas Alfabetiza Juntos SP Avaliação de Fluência Leitora, que, em 2024, apontou que 77% dos alunos são leitores iniciantes e fluentes.

Já a gestão Ricardo Nunes (MDB) paulistana declarou o resultado é reflexo "de uma estratégia contínua da Prefeitura de São Paulo em qualificar o ensino e investir na valorização dos professores".

"A taxa de estudantes alfabetizados no 2º ano do ensino fundamental da rede municipal de ensino cresceu 10 pontos percentuais, passando de 37,9% para 48,25% no último ano. Com isso, a Prefeitura superou a meta de alfabetização estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC) para 2024, fixada em 44,3%, e a cidade de São Paulo se tornou a terceira capital que mais cresceu no índice."

Os critérios para a definição das metas específicas para cada estado ou município abarcam os índices obtidos em anos anteriores, bem como particularidades e demandas de cada local.

Na esfera municipal, dos 5.312 municípios que participaram da avaliação em 2023 e 2024, 58% deles (3.096 municípios) aumentaram o percentual de alunos alfabetizados, e 53% (2.018 municípios) alcançaram suas próprias metas.

A capital paulista também apresentou crescimento no percentual de crianças alfabetizadas, chegando a 48,25% ?acima da meta estabelecida de 44%.

Na época, a gestão afirmou que seguia o índice firmado pelo MEC por meio do Criança Alfabetizada. Para a capital paulista, até 2028, o índice prevê que 70% dos alunos saibam ler e escrever até o final do ensino fundamental.

Essa é uma avaliação criada em 2023 e reúne resultados de provas realizadas com alunos do segundo ano do ensino fundamental pelos governos estaduais e aplicadas também nos municípios. Os dados foram parametrizados para serem comparados à avaliação federal tradicional, o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que ocorre a cada dois anos.

Houve avanço em relação ao país como um todo, na comparação entre 2023 e 2024, segundo essa avaliação. Os resultados passaram de 56% para 59%.

O Criança Alfabetizada almeja atingir 100% dos alunos alfabetizados na idade certa. O foco está em crianças dos dois primeiros anos do ensino fundamental, o que representa cerca de 4 milhões de estudantes.

Quando o governo divulgou, no ano passado, os resultados de 2023, comparou-os com os dados do Saeb de anos anteriores: em 2021, eram 36% de alfabetizadas e, em 2019 (antes da pandemia), esse percentual foi de 55%.

A Folha de S.Paulo revelou que, em paralelo à criação dessa nova avaliação a partir de provas feitas pelos estados, o Inep havia decidido engavetar a divulgação dos resultados de alfabetização do Saeb de 2023 ?o que afrontava opiniões técnicas. Após repercussão, Camilo determinou a divulgação.

Enquanto a avaliação dos estados mostrava que 56% das crianças estavam alfabetizadas em 2023, os dados do Saeb indicam um percentual menor, de 49%. Isso representava uma tendência de queda com relação a 2019, antes da pandemia, quando o mesmo Saeb indicava que o país tinha 55%.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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