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Saúde

Refrigerantes zero oferecem risco maior ao fígado que os tradicionais, aponta estudo

Durante um acompanhamento médio de 10,3 anos, 1.178 participantes desenvolveram MASLD e 108 morreram por causas relacionadas ao fígado.

Refrigerantes zero oferecem risco maior ao fígado que os tradicionais, aponta estudo
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Pesquisa acompanhou mais de 120 mil pessoas por dez anos e indica que até uma lata por dia de refrigerante diet pode elevar risco de MASLD. Água foi a única substituição que reduziu o perigo.

Tanto as bebidas adoçadas com açúcar quanto as versões com baixo teor de açúcar ou sem açúcar — como refrigerantes diet e zero — estão associadas a um risco significativamente maior de desenvolver a doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica (MASLD), de acordo com um novo estudo apresentado nesta terça-feira (9) na Semana Europeia de Gastroenterologia, em Berlim.

A pesquisa acompanhou 123.788 participantes do UK Biobank que não tinham doença hepática no início do estudo. O consumo de bebidas foi medido por meio de questionários alimentares de 24 horas repetidos ao longo do tempo. Os pesquisadores analisaram a relação entre a ingestão desses produtos e o desenvolvimento de doença hepática alcoólica, acúmulo de gordura no fígado e mortalidade relacionada ao órgão.

Risco até 60% maior

Os resultados mostram que consumir mais de 250 g por dia de bebidas com baixo teor de açúcar ou sem açúcar (LNSSB) aumentou em 60% o risco de desenvolver MASLD. Já as bebidas açucaradas tradicionais (SSB) elevaram esse risco em 50%.

Durante um acompanhamento médio de 10,3 anos, 1.178 participantes desenvolveram MASLD e 108 morreram por causas relacionadas ao fígado.

Embora não tenham sido encontradas associações significativas entre bebidas adoçadas com açúcar e mortalidade, o consumo de bebidas diet, zero ou versões light também foi ligado a maior risco de morte relacionada ao fígado. Ambos os tipos de bebida foram associados a níveis mais altos de gordura hepática.

A MASLD — antes conhecida como doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) — é caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado, que pode evoluir para inflamação, dor, fadiga e perda de apetite. A condição é hoje a doença hepática crônica mais comum no mundo e afeta mais de 30% da população global.

Até uma lata por dia eleva risco, dizem autores

Segundo a autora principal, Lihe Liu, as alternativas diet “são frequentemente vistas como mais saudáveis”, mas os dados desafiam essa percepção.

“As bebidas açucaradas com baixo teor de açúcar foram associadas a um risco maior de MASLD, mesmo em níveis moderados, como uma única lata por dia. Essas descobertas destacam a necessidade de reconsiderar o papel dessas bebidas na dieta e na saúde do fígado”, afirmou.

FONTE/CRÉDITOS: Fonte: Portal g1
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