A Polícia Civil de Roraima, em conjunto com a Guarda Civil Municipal de Boa Vista, desmontou na semana passada o esquema criminoso que atraía adolescentes para festas ilegais e lutas de rua marcadas pela violência. Batizada de "Operação Final Fight", a ação resultou na prisão de dois homens, de 31 e 20 anos, apontados como organizadores dos eventos.
As investigações começaram há cerca de um mês, após a polícia identificar perfis falsos nas redes sociais usados para convidar jovens, inclusive menores de idade, para festas chamadas de “rinhas”, que envolviam brigas, consumo de álcool, drogas e até exploração sexual. Os confrontos eram divulgados como "combates" e ocorriam em vias públicas, com apostas em dinheiro feitas por adultos que assistiam aos vídeos.
Durante o cumprimento dos mandados, os agentes encontraram na casa de um dos investigados uma adolescente de 13 anos. A jovem vivia em condição semelhante à de um relacionamento com o suspeito, o que caracteriza estupro de vulnerável, segundo a legislação brasileira. O homem foi preso em flagrante e a adolescente foi levada de volta à família.
Celulares e dispositivos eletrônicos foram apreendidos e devem ser periciados para apurar novos envolvidos e possíveis desdobramentos do caso. Segundo o delegado Marcos Lázaro, a operação é um alerta sobre os riscos que adolescentes correm ao serem atraídos por convites aparentemente inofensivos nas redes sociais.
“Ela (operação) demonstra que o enfrentamento ao crime exige integração entre forças e inteligência. Também serve de alerta à sociedade para os perigos dessas festas e lutas clandestinas que vêm se espalhando como febre entre jovens em todo o país”, afirmou o delegado.
A operação foi batizada em referência ao jogo "Final Fight", popular nos anos 1990, que envolvia brigas de rua, em alusão à intenção de acabar com as lutas clandestinas que têm se espalhado entre adolescentes no país.
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