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PM que trocou tiros e matou amigo diz não se lembrar do crime

Policiais militares trocaram tiros no Rio de Janeiro; um morreu

PM que trocou tiros e matou amigo diz não se lembrar do crime
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O sargento da PM William Amaral Conceição, 36, afirmou em depoimento a um policial da Delegacia de Homicídios que não se lembra de ter atirado no também policial militar Eduardo Filipe Santiago Ferreira, 42, na madrugada deste domingo (19), no Rio de Janeiro. Eduardo morreu na hora; William, também ferido, foi socorrido e seu estado de saúde é estável.

Segundo relato de William à polícia, no sábado (18), entre as 12h e as 14h, ele recebeu mensagens de Eduardo convidando-o para sair e beber. Ambos seriam amigos de longa data e padrinhos de casamento um do outro.

Por volta das 17h, os dois se encontraram em um bar localizado no bairro Jambeiro, em Vila Valqueire, na zona oeste do Rio. O sargento aproveitou a ocasião para cortar o cabelo em uma barbearia ao lado do bar. Em seguida, começou a beber cerveja com Eduardo. Como estava chovendo, William disse que foi até a casa do amigo para deixar sua motocicleta.

Juntos, seguiram de carro para um evento no Parque Madureira, também na zona oeste, em um trajeto de cerca de 20 minutos. No entanto, devido à chuva, decidiram retornar à Vila Valqueire. Já na região, tentaram entrar em outro bar, mas desistiram por estar lotado. Optaram então por estabelecimento vizinho, onde consumiram cervejas e uma caipirinha. A conta, no valor de R$ 90, foi paga por Eduardo por volta da meia-noite.

O sargento afirmou que, a partir desse momento, não se recorda de mais nada. Disse ter acordado no Hospital Albert Einstein sem saber como chegou até lá, o que aconteceu após saírem do bar ou o paradeiro de seu amigo.

A polícia estima que a troca de tiros tenha ocorrido entre a meia-noite e 1h, logo após os colegas deixarem o bar. Imagens de câmeras de segurança foram recolhidas. Em uma delas, é possível ver os policiais discutindo, quando a vítima diz: "Amaral! Amaral! Tá maluco? Sou eu, Santiago!", ao que William Amaral responde: "Eu vou te matar!". "Amaral, é o Santiago!", insiste a vítima, pouco antes de ser baleada. Eles se referiam um ao outro com os nomes usados na corporação.

William também sofreu ferimentos nas costas e foi socorrido.

A perícia encontrou vestígios de confronto armado no interior do veículo e manchas compatíveis com sangue. Também foi constatado que as características do calibre e os estojos da arma do suspeito são compatíveis com os que causaram as lesões na vítima.

No hospital, um outro policial relatou informalmente aos investigadores que William apresentava fala desconexa, provavelmente em razão da bebida alcoólica, e teria mencionado uma tentativa de assalto, hipótese que não foi confirmada.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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