Morreu nesta terça-feira (22), aos 76 anos, o cantor britânico Ozzy Osbourne, uma das figuras mais emblemáticas e controversas da história do rock, poucas semanas após subir ao palco pela última vez ao lado do Black Sabbath, no Villa Park, na Inglaterra.
A morte foi confirmada pela família, que informou que o artista faleceu "cercado de amor". A causa não foi divulgada oficialmente, mas Osbourne enfrentava sérios problemas de saúde nos últimos anos, incluindo o diagnóstico de Parkinson e complicações de uma queda em 2019.
Após ser demitido da banda por problemas com drogas, Ozzy construiu uma carreira solo igualmente bem-sucedida. Seu álbum de estreia, Blizzard of Ozz (1980), trouxe clássicos como Crazy Train e consolidou sua imagem como o "Príncipe das Trevas" do rock.
Ao longo da carreira, Osbourne acumulou prêmios, incluindo Grammys e sua inclusão no Hall da Fama do Rock, e também polêmicas. A mais famosa aconteceu em 1982, quando mordeu a cabeça de um morcego vivo durante um show. O episódio virou lenda e símbolo do estilo provocador do cantor.
Outro momento controverso veio em 1984, quando foi acusado de incentivar o suicídio de jovens por meio de letras de suas músicas. Ozzy enfrentou processos judiciais e críticas da mídia, mas também defendeu a liberdade artística e afirmou que suas letras eram frequentemente mal interpretadas.
Nos anos 2000, o cantor ganhou nova fama com o reality show The Osbournes, exibido pela MTV, que mostrou o cotidiano caótico da família Osbourne em Los Angeles e apresentou o roqueiro a uma nova geração.
Ozzy se despediu dos palcos oficialmente em julho deste ano, durante um show em Birmingham ao lado dos ex-companheiros do Black Sabbath. Na ocasião, emocionado, disse à plateia: “Vocês não têm ideia do que estou sentindo, obrigado do fundo do coração.”
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