Onze bebês recém-nascidos foram inoculados com antídoto para picada de cobra e vez de vacina para hepatite B em Canoinhas, no norte de Santa Catarina.
Os casos foram confirmados nesta terça-feira (15), e teriam ocorrido na última semana, entre quarta (9) e sexta (11), no hospital filantrópico Santa Cruz.
A Folha tenta contato com a direção do hospital, mas ainda não recebeu retorno.
O soro antibotrópico é indicado para vítimas de picadas de serpentes do gênero Bothrops, como jararacas, jararacuçus, urutus, jararacas pintadas e caiçacas.
A vacinação contra a hepatite B, de acordo com recomendação do Ministério da Saúde, deve ser feita em quatro doses: a primeira logo após o nascimento, e depois aos dois, quatro e seis meses de idade.
Em nota, a secretaria de saúde de Canoinhas disse que foi comunicada na segunda-feira (14) sobre o incidente pela Gerência Regional de Saúde de Mafra.
Todas as famílias já foram avisadas do incidente, e os bebês estão em acompanhamento pela equipe da Vigilância Epidemiológica de Canoinhas.
De acordo com a pasta, a administração da vacina não é responsabilidade do Município, mas da equipe do Hospital Santa Cruz de Canoinhas.
"Nós precisamos entender com clareza e responsabilidade o que está acontecendo lá dentro", disse a prefeita. "Mesmo o hospital Santa Cruz não sendo da prefeitura de Canoinhas, a maioria dos atendimentos realizados lá são atendimentos SUS, e o município de Canoinhas encaminha ao hospital, mensalmente, mais de R$ 1 milhão para custeio desses serviços à população."
Os bebês receberam uma dose de 0,5 ml por via intramuscular, uma quantidade muito inferior à utilizada em casos de picada de cobra, que pode variar de 20 ml a 40 ml em incidentes leves, chegando a até 120 ml nos casos mais graves. Cada ampola do soro contém 10 ml.
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