O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou durante o funeral do ativista conservador Charlie Kirk, realizado neste domingo, 21, no estádio State Farm, em Glendale, Phoenix, no Arizona (EUA). Durante a fala, o presidente se diferenciou dos demais discursos da noite focados em exaltar Kirk para enaltecer o próprio governo e mencionar temas diversos, como tarifas e até o autismo.
Trump afirmou que Kirk foi "hediondamente assassinado por um monstro radicalizado". O presidente destacou que o ativista conservador foi morto "a sangue frio por falar a verdade, porque falou em nome da liberdade e da justiça, de Deus, da pátria, da razão e do bom senso".
"Menos de duas semanas atrás, nosso país foi privado de um dos maiores talentos de nosso tempo, um gigante de sua geração e, acima de tudo, um marido, pai, filho, cristão e patriota dedicado", disse Donald Trump.
O presidente dos EUA também falou para os pais de de Kirk. "A toda a família Kirk, sabemos que nenhuma palavra jamais será suficiente para preencher o vazio que ele deixou. É um vazio que simplesmente não pode ser preenchido. Mas espero que a extraordinária demonstração de emoção ao longo desses últimos 11 dias tenha lhes trazido conforto com a certeza de que seu filho trouxe mais bondade e amor a este mundo em seus breves 31 anos do que a maioria das pessoas, até mesmo pessoas muito, muito bem-sucedidas, consegue trazer em toda uma vida".
Na sequência, Trump adotou um tom político e relembrou a trajetória de Charlie. "Ele tinha um espírito patriótico desde a juventude, e era um verdadeiro americano em tudo o que fazia. E uma das últimas coisas que ele me disse foi: 'Por favor, senhor, salve Chicago.' Nós vamos fazer isso. Vamos salvar Chicago dos crimes horríveis".
Em outro momento, Trump disse que, diferente de Kirk, ele "odeia" seu oponente. "Talvez consigam me convencer de que isso não está certo, mas odeio meu oponente"
O líder americano destacou que o Departamento de Justiça está "investigando redes de radicais de esquerda que financiam violência política nos EUA". "Acreditamos saber quem são muitos deles, mas a aplicação da lei pode ser apenas o início de nossa resposta ao assassinato de Charlie".
Governo, autismo, tarifaço, Kimmel
Trump destoou dos discursos que exaltavam Kirk para enaltecer o próprio governo. O presidente afirmou que os EUA hoje "estão muito melhor que um ano atrás", e disse que na segunda-feira fará um anúncio que é uma "resposta para [a causa do] autismo".
Ele também citou o tarifaço imposto por seu governo a vários países. Trump afirmou que as tarifas estão "nos deixando ricos novamente, mais ricos do que qualquer um jamais imaginou ser possível".
Durante o discurso, Trump ainda atacou o apresentador Jimmy Kimmel. Ele afirmou que Kimmel é uma "pessoa sem talento" e celebrou o fato de ele ter sido afastado do programa que comandava na rede ABC.
Vice-presidente cita 'avivamento'
O vice-presidente J.D. Vance disse que a cerimônia "não é um funeral", mas, sim, um "avivamento" de Kirk. "O assassino de Kirk esperava que tivéssemos um funeral hoje e, em vez disso, meus amigos, tivemos um avivamento e uma celebração de Charlie Kirk e de seu senhor, Jesus Cristo", declarou.
Vance ressaltou que "tentaram silenciar" Kirk, mas "hoje nós falamos mais alto do que nunca" em nome do ativista. "Ele transformou o rosto do conservadorismo em nosso tempo e, ao fazer isso, mudou o curso da história americana para as gerações que estão surgindo em todo este país", completou.
Morte de Kirk
Charlie Kirk foi assassinado em 10 de setembro, aos 31 anos. Na ocasião, ele participava de um evento na Utah Valley University, quando foi atingido por um tiro no pescoço.
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