A Justiça de São Carlos (a 232 km da cidade de São Paulo) condenou o motociclista Nayan José Sales a 9 anos e 4 anos de prisão, em regime inicial fechado, pelo atropelamento da triatleta Luisa Baptista, em dezembro de 2023.
A condenação, por tentativa de homicídio, foi dada após júri realizado na última quarta-feira (15).
O réu também terá de pagar uma indenização de R$ 30 mil à vítima, conforme requerido na denúncia, em valor que deverá ser corrigido. A defesa diz que vai recorrer. Sales já estava preso.
A moto colidiu frontalmente, na contramão, contra a bicicleta da atleta. Ela sofreu fraturas na costela, na clavícula e na perna, além de traumatismo craniano. Ao todo, foram mais de 25 fraturas. Ela ficou dois meses em coma.
O acidente tirou a chance de a triatleta disputar os Jogos Olímpicos de Paris, no ano passado. Ela fez parte de sua recuperação na Rede Lucy Montoro, na capital paulista. Em entrevista à Folha na época, ela já dizia que faltava educação no trânsito.
A esportista comentou a decisão judicial nas redes sociais. "Foi condenado por homicídio com dolo eventual pela série de infrações que ele cometeu", afirmou, em vídeo publicado em sua conta no Instagram. "Realmente, ele poderia ter acabado com a minha vida e por razões alheias à vontade dele, isso não aconteceu."
Luísa afirmou na gravação que não briga apenas pelo seu caso, mas lembrou que são inúmeros ciclistas que morrem no trânsito por causa de erros e infrações cometidas por motoristas.
"Para mim tem que ser simples, tem que mudar a lei. A partir do momento que a pessoa comete uma infração de trânsito e atropela alguém, ela assume o risco e o dolo eventual é isso", afirmou.
Há três dias, Luísa fez uma homenagem aos fisioterapeutas e disse que ainda está em tratamento.
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