O governo de Javier Milei conquistou uma vitória expressiva nas eleições legislativas da Argentina, com 40,7% dos votos em todo o país, resultado que incluiu um triunfo histórico na província de Buenos Aires, reduto tradicional do peronismo. A coalizão La Libertad Avanza venceu em 15 distritos e consolidou maioria parlamentar suficiente para avançar em sua agenda de reformas. As informações são do La Nación.
Eufórico, Milei afirmou que o país “passou o ponto de virada” e iniciou “a construção da nova Argentina”. O presidente agradeceu à equipe de governo e exaltou o papel de sua irmã, Karina Milei, e do estrategista Santiago Caputo. O avanço eleitoral fortalece propostas de reformas previdenciária, tributária e trabalhista.
A participação eleitoral foi de 68%, e o novo sistema de cédula única em papel foi bem avaliado, apesar do aumento de votos nulos. Milei prometeu agora buscar apoio dos governadores para consolidar o chamado “Pacto de Maio” e ampliar as reformas econômicas.
Intervenção trumpista
A vitória de Javier Milei nas eleições legislativas argentinas foi impulsionada não apenas pelo voto antikirchnerista, mas também pela intervenção política e simbólica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo análise publicada pelo La Nación.
De acordo com o jornal, Trump atuou como “grande resgatista” de Milei, ajudando a reverter a crise de confiança enfrentada pelo governo e oferecendo apoio político internacional no momento de instabilidade econômica. A retórica alinhada entre ambos e o respaldo público do republicano teriam mobilizado o eleitorado mais conservador e antikirchnerista, que enxergou em Milei continuação da “onda trumpista” de rejeição ao establishment.
Analistas avaliam que o triunfo amplia o poder de Milei no Congresso e fortalece sua agenda de reformas, agora amparada por uma base política reforçada e pela influência ideológica de seu aliado norte-americano.
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