Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (17) mostra que, em simulações de segundo turno da eleição de 2026, o presidente Lula (PT) lidera diante de todos os concorrentes e mantém um empate técnico somente com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) - 41% a 37% a favor do petista.
O empate entre eles se dá no limite máximo da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Nos cenários estimulados, o petista voltou a abrir alguma vantagem em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e aos governadores do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD).
Agora, após a crise do tarifaço e a campanha de justiça tributária do governo federal, Lula ganhou um respiro, que se refletiu ainda na sua avaliação - houve uma oscilação favorável, com o índice negativo variando de 43% para 40%.
Na competição com Tarcísio, que acabou fustigado pelo tarifaço ao compor com o bolsonarismo e em seguida defender soluções diplomáticas, Lula marca os mesmos 41% da pesquisa anterior, mas o governador, que tinha 40%, agora aparece com 37%. Em março, eles marcaram 43% a 37%.
Há ainda 15% de votos em branco ou nulo e eleitores que não vão votar, e 7% de indecisos.
Em maio, na disputa entre Lula e Bolsonaro, ambos marcavam 41%. Agora, o atual presidente tem 43% ante 37% do adversário. Bolsonaro, porém, está inelegível até 2030 por causa de condenações na Justiça Eleitoral, embora atue como se estivesse no páreo.
A Genial/Quaest fez 2.004 entrevistas em 120 municípios, de quinta-feira (10) até segunda-feira (14). O nível de confiança é de 95%.
A pesquisa mostra que 72% dos brasileiros afirmam ser um erro de Trump impor tarifas ao Brasil por causa do ex-presidente Bolsonaro e, ao mesmo tempo, 53% dizem que o presidente Lula está certo ao reagir com reciprocidade.
Na simulação eleitoral contra Michelle, Lula tem 43% ante 36% da ex-primeira-dama. Antes, o placar era de 43% a 39%. Lula marca 41% contra Ratinho, que tem 36%. Em maio, o petista tinha 40%, e o governador do Paraná, 38%. Já em relação a Leite, Lula tem 41% ante 36% do gaúcho (era 40% a 36%).
O petista segue com vantagem em relação a outros três nomes cotados como presidenciáveis - o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atuou nos EUA por represália como forma de pressionar por anistia ao pai e aos acusados de golpismo, e os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
No cenário contra Eduardo, Lula tem 43%, e o deputado, 33%. Não houve grande mudança apesar do protagonismo do deputado na crise do tarifaço, já que na rodada anterior os índices eram 44% a 34%.
Em relação a Zema, os números ficaram iguais: 42% para o petista e 33% para o mineiro. Lula tem 42% contra 33% de Caiado (era 43% a 33%).
A pesquisa traz ainda quatro cenários de primeiro turno, com candidatos variados. Na primeira simulação, Lula tem 32%, Bolsonaro 26%, Ciro Gomes (PDT) 8%, Ratinho 6%, Caiado 3%, Zema 2%, brancos e nulos 14% e indecisos somam 9%.
Na segunda, Lula tem 30%, Michelle 19%, Ciro 10%, Ratinho 7%, Caiado 5%, Zema 4%, brancos e nulos 16% e indecisos somam 9%.
Além disso, a pesquisa aponta que 62% entendem que Bolsonaro deveria abrir mão da sua candidatura e apoiar outro candidato.
Nesse caso, os entrevistados se dividem sobre quem deveria ser o candidato da direita: 15% escolhem Tarcísio (eram 17%), 13% preferem Michelle (eram 16%), 9% respondem Ratinho (eram 11%), Eduardo Bolsonaro e Pablo Marçal (PRTB) têm 8% cada (o deputado tinha 4% na rodada anterior), Leite é mencionado por 4%, e Zema e Caiado por 3% cada. Há ainda 19% que não querem nenhum desses e 17% que não sabem. (FP)
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