Um homem de 40 anos foi preso na noite deste domingo (26) no centro de Bauru, acusado de manter uma mulher, de 31 anos, em cárcere privado, sob ameaças, agressões e estupro. A prisão foi realizada por policiais militares da 1ª Companhia, após uma denúncia anônima de violência doméstica.
Segundo informações dos policiais, a equipe foi acionada para atender à ocorrência e, ao chegar ao endereço indicado, encontrou a vítima, que relatou que foi mantida trancada dentro da casa por oito dias, sofrendo constantes agressões físicas, ameaças contra sua vida, da filha e de familiares e foi forçada a manter relações sexuais com o acusado.
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), durante consulta ao sistema penal foi constatado que acusado possui Medida Protetiva de Urgência contra ele. Ambos foram conduzidos à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) onde a vítima informou, em depoimento, que manteve um relacionamento com o acusado e que faz cinco meses que havia terminado, no entanto, ele não aceitava. Ainda segundo o BO, medida protetiva foi pedida por conta de diversas denúncias feitas contra o acusado que invadia a residência da vítima para quebrar objetos, além de agredi-la na rua, forçando-a a reatar o relacionamento sob a ameaça de "picá-la inteira" se não ficasse com ele.
Ele a obrigou a entrar na casa dele e a manteve em cárcere privado até a noite de domingo (26), quando conseguiu gritar por ajuda. Durante toda a semana, ele a agrediu com socos, alegando que ela seria obrigada a manter relações sexuais com ele. A vítima relata que não saía da residência por medo do agressor encontrá-la na rua.
Diante da gravidade da situação, o homem foi preso em flagrante por cárcere privado, descumprimento de medida protetiva, lesão corporal, ameaça e estupro. O acusado possui uma extensa folha de antecedentes criminais, marcada por diversas passagens policiais e prisões em flagrante delito ao longo dos anos. Diante do histórico de crimes graves cometidos foi feita a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva.
A Polícia Militar reforçou a importância das denúncias anônimas no enfrentamento à violência doméstica e sexual, lembrando que qualquer pessoa pode acionar as autoridades diante de suspeitas.
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