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Governistas veem reação, e oposição minimiza atos contra PEC

Deputada Federal Luiza Erundina participa de ato contra a PEC da Anistia e da Blindagem, no Masp

Governistas veem reação, e oposição minimiza atos contra PEC
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Autoridades ligadas à esquerda e ao governo federal enalteceram as manifestações em 23 capitais contrárias à PEC da Blindagem e ao plano de anistia aos condenados por atos golpistas e consideraram os protestos como um fator de pressão sobre o Congresso Nacional.

Na tarde deste domingo (21), a ministra Gleisi Hoffmann, articuladora política do governo Lula (PT), afirmou em uma rede social que o presidente desembarcou em Nova York, para a Assembleia Geral da ONU, "acompanhado do povo brasileiro, que foi às ruas falar alto contra a anistia aos golpistas, contra a impunidade, mostrando o vigor da nossa democracia".

"Aqui a ameaça não se cria! O Brasil não vai voltar atrás na punição aos que atacaram a democracia! O Brasil é do povo brasileiro", afirmou Gleisi.

O presidente nacional do PT, Edinho Silva, divulgou nota afirmando que "a política tem de traduzir o que de fato incomoda a população" e que o Legislativo deve pautar propostas como aquela que amplia a faixa de isenção de imposto de renda, além da redução da jornada de trabalho.

"Ou as lideranças políticas entendem isso, ou a pauta do Congresso ?anistia para golpistas e assassinos, prerrogativas, etc.? será o fermento de mobilizações que só estão começando", afirmou Edinho.

Lideranças bolsonaristas, porém, tentam minimizar a força dos protestos. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) compartilhou publicação em que o pastor Silas Malafaia afirma que a esquerda "engana o povo".

Os atos, realizados em todas as regiões do país, aconteceram logo de manhã em Brasília, Salvador, Maceió, Natal, São Luís, Teresina, João Pessoa, Belo Horizonte, Cuiabá, Campo Grande, Manaus e Belém, e ganharam tração à tarde com as manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Fortaleza, Recife, Aracaju e Goiânia. Os manifestantes fizeram críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

A presença de artistas impulsionou manifestações em alguns locais.

O ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, afirmou que o Brasil voltou a mostrar ao mundo "a força de sua democracia". "As ruas de várias grandes cidades se encheram em defesa soberana de nossas conquistas democráticas", afirmou.

Wajngarten afirmou que a PEC "atende a um pequeno grupo, não é bem percebida pela população e ainda serve de veículo para a esquerda avançar com um discurso que nem de perto orna com eles".

A manifestação foi chamada às pressas por grupos de esquerda após a Câmara aprovar a PEC da Blindagem, no último dia 16, e a urgência para o projeto da anistia, na data seguinte.

Líder do PT na Câmara, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) também comentou nas redes sociais os atos promovidos pela esquerda neste domingo.

"Brasil inteiro nas ruas. Em Brasília, um mar de gente ocupa a Esplanada. É sem anistia, sem PEC da Blindagem. Vamos para cima!", afirmou Lindbergh, que lidera uma bancada que deu 12 votos para aprovar a PEC da Blindagem.

As atenções se voltam para o Senado nesta semana. O relator da PEC da Blindagem, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), disse que a proposta joga imagem do Legislativo no lixo e que será derrubada na Casa. Vieira apresentará o seu parecer contrário à medida na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na quarta-feira (24).

A PEC, que restringe operações policiais e inquéritos contra congressistas, foi aprovada a toque de caixa pela Câmara na semana passada e teve uma repercussão muito ruim nas redes sociais, levando parlamentares a pedirem desculpas pelos seus votos a favor da proposta.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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