A Polícia Civil de Santa Catarina anunciou na terça-feira (30) a conclusão das investigações sobre a morte do fisiculturista e personal trainer Valter Vargas Aita, assassinado em 7 de setembro em Chapecó, no oeste do estado.
O corpo do fisiculturista foi encontrado nu e com 21 ferimentos à faca na escada do prédio onde ele morava. A esposa de Valter, Andrea Carvalho Aita, foi detida em flagrante por suspeita de ser a autora do crime, e está em prisão preventiva. A defesa de Andrea não foi localizada pela reportagem.
A investigação, conduzida pela Delegacia de Homicídios de Chapecó, apontou que Valter levou a primeira facada no pescoço enquanto ainda acordava, o que teria impossibilitado qualquer reação.
Uma testemunha disse em depoimento que viu Valter sem ferimentos no rosto, o que indica que ele teria sofrido novas facadas, incluindo seis perfurações na face, após desmaiar na escada.
Os peritos forenses identificaram ferimentos na cabeça, rosto, nuca, tórax, abdômen, braços e pernas de Valter. Laudos periciais apontam que a arma usada foi uma faca grande de cozinha.
Andrea teve escoriações leves e um corte na mão, o que, segundo a polícia, são ferimentos compatíveis com o deslizamento da lâmina durante os golpes.
De acordo com a polícia, Andrea cometeu homicídio doloso com duas qualificadoras, motivo fútil e dificuldade de defesa da vítima. Se condenada, pode receber pena de 12 a 30 anos de reclusão.
Andrea também tinha um mandado de prisão em aberto por envolvimento em um latrocínio em 2019 no Rio Grande do Sul, pelo qual foi condenada a 15 anos de reclusão.
Ela também tinha vídeos do marido dormindo, e enviava para ele junto com ameaças, afirma a polícia.
Segundo o delegado regional Rodrigo Moura, Andrea também teria feito furos na parede do quarto para vigiar Valter enquanto ele mexia no celular.
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