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Família registra BO após estudante ser agredido dentro de escola

O fato ocorreu no último dia 22 de agosto, no pátio de uma escola de ensino fundamental II localizada no bairro São Judas Thadeu

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Lençóis Paulista - A família de um estudante de 14 anos registrou boletim de ocorrência (BO) após ele ser vítima de agressões no interior de uma escola municipal em Lençóis Paulista. O caso, registrado como lesão corporal, é investigado pela Polícia Civil. Já a prefeitura informou, por meio de nota, que o autor das agressões foi transferido para outra unidade de ensino.

O fato ocorreu no último dia 22 de agosto, no pátio de uma escola de ensino fundamental II localizada no bairro São Judas Thadeu. A mãe do estudante relata que, pela manhã, recebeu uma ligação informando que o seu filho havia se envolvido em uma "briga" e que tudo já estaria resolvido, sem maiores consequências, além de uma pequena vermelhidão em seu rosto.

Contudo, de acordo com ela, após o fim das aulas, sua filha lhe enviou vídeo das agressões gravado por colegas. "Meu filho foi agredido por quatro minutos seguidos, de costas, sem qualquer intervenção de inspetores ou funcionários. O vídeo mostra ele sendo espancado, chorando e humilhado diante de outros alunos, enquanto alguns riam da cena", declara.

A mulher revela que o adolescente levou diversos socos no rosto, a ponto de perder a lente dos óculos, e alega que a direção não lhe informou os detalhes da ocorrência, além de não registrar boletim de ocorrência (BO) e comunicar Conselho Tutelar. O estudante foi levado para atendimento médico posteriormente pela família, que também acionou o Conselho Tutelar.

"A escola permitiu que ele retornasse à sala de aula, expondo-o a constrangimento, comentários maldosos e olhares de colegas", diz. "Se não tivéssemos visto o vídeo e tomado iniciativa de apresentar provas, a escola teria acobertado o caso, tratando uma agressão brutal como uma simples briga, sem garantir proteção ao meu filho nem acionar os órgãos competentes".

Segundo a mãe, um dia antes, o agressor havia publicado uma ameaça contra seu filho em uma rede social. Além do BO e da comunicação ao Conselho Tutelar, ela afirma que levou o caso a vereadores e ao Ministério Público (MP) e reuniu-se com o secretário da Educação. Por questão de segurança, e para evitar episódios de bullying, seus filhos não retornaram à escola.

"Atualmente, estamos aguardando que o secretário da Educação providencie a transferência dos meus filhos para outra escola de nossa escolha, uma vez que instituições oferecidas até o momento possuem reputação inferior. O processo, no entanto, segue de forma extremamente lenta", pontua, relatando que, no dia 29, a escola entrou em contato oferecendo atividades para que seus filhos façam em casa.

Resposta da Educação

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação argumenta que "todas as providências cabíveis foram adotadas de imediato pela equipe escolar". "Logo após a agressão, a vítima recebeu acolhimento e seus responsáveis foram contatados. O aluno envolvido na briga foi identificado, ouviu-se sua versão, bem como de testemunhas, e foi aplicada a penalidade disciplinar de um dia de suspensão. Com a chegada de nova evidência em vídeo, a medida inicial foi revista e ampliada, resultando em suspensão de três dias", declara.

"Na sequência, a direção da escola orientou os responsáveis da vítima a registrarem Boletim de Ocorrência, acionou o serviço de psicologia escolar para acompanhamento contínuo e comunicou a Secretaria Municipal de Educação, que deslocou equipe técnica até a unidade para levantamento detalhado dos fatos e orientação dos gestores. Além disso, foram implementadas práticas de justiça restaurativa, escuta especializada dos estudantes, reorganização de rotinas escolares para ampliar a vigilância nos intervalos e acompanhamento pedagógico domiciliar para os alunos temporariamente afastados".

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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