A operação Sabão Encardido, da Receita Estadual, com apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar de Minas Gerais fechou na última sexta-feira (5) uma fábrica clandestina de sabão em pó falso em São Gonçalo do Pará. No local, 19 pessoas foram encontradas trabalhando em condições precárias, entre elas três crianças.
A operação apreendeu 55 toneladas do produto falsificado, que era acondicionado em embalagens idênticas às do líder de mercado. Foram recolhidos 33 bags de uma tonelada, 24 mil caixas de 800 gramas e 2.133 caixas de 1,6 kg.
Os trabalhadores recebiam entre R$ 200 e R$ 300 por dia, atuavam sem equipamentos de segurança nem condições adequadas de alimentação. Com a constatação de trabalho infantil, o Ministério do Trabalho e Emprego foi acionado para adotar as medidas legais.
As investigações apontam que o sabão falso circulava em supermercados da Região Metropolitana de Belo Horizonte e também chegava às cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás. Parte da mercadoria era comercializada até no Ceasa de Contagem.
De acordo com a Receita Estadual, além de configurar crime contra marcas e tributos, o esquema enganava o consumidor, que pagava preço de produto original, mas recebia a versão de baixa qualidade. A investigação continua para identificar a indústria química responsável pelo fornecimento do material.
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