Pirajuí Rádio Clube FM

Política

Embaixada dos EUA acusa Alexandre de Moraes de censura

Prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro vem gerando tensão na relação de Brasil e Estados Unidos

Embaixada dos EUA acusa Alexandre de Moraes de censura
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

A relação diplomática entre Brasil e Estados Unidos ganhou um novo capítulo de tensão nesta semana, após a Embaixada dos EUA em Brasília publicar uma advertência direta ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A mensagem, divulgada no perfil oficial da embaixada no X (antigo Twitter), acusa o ministro de "violações flagrantes de direitos humanos" e alerta o Judiciário brasileiro.

A publicação, feita na quinta-feira (7), afirma que Moraes é "o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores" e que sua conduta já resultou em sanções impostas pelo governo norte-americano com base na Lei Global Magnitsky. O texto da embaixada ainda avisa a outros integrantes do Judiciário e de outras esferas que eles estão "avisados para não apoiar nem facilitar" a atuação do magistrado, indicando que Washington "monitora a situação de perto".

A nota da embaixada se soma a uma manifestação anterior do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, órgão que coordena a política externa dos EUA para as Américas. Em uma nota divulgada dias antes, o escritório declarou: "O juiz Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender em público não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!".

Essas declarações ocorrem em um momento de agravamento da crise política e jurídica no Brasil. No início da semana, Moraes determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, acusando o ex-presidente de violar medidas cautelares e tentar burlar restrições impostas na investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. Em julho, os EUA já haviam incluído o ministro na lista de sancionados pela Lei Magnitsky, resultando no bloqueio de seus ativos e na proibição de sua entrada no país por supostas violações de direitos humanos.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
Comentários:

Veja também