A relação diplomática entre Brasil e Estados Unidos ganhou um novo capítulo de tensão nesta semana, após a Embaixada dos EUA em Brasília publicar uma advertência direta ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A mensagem, divulgada no perfil oficial da embaixada no X (antigo Twitter), acusa o ministro de "violações flagrantes de direitos humanos" e alerta o Judiciário brasileiro.
A publicação, feita na quinta-feira (7), afirma que Moraes é "o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores" e que sua conduta já resultou em sanções impostas pelo governo norte-americano com base na Lei Global Magnitsky. O texto da embaixada ainda avisa a outros integrantes do Judiciário e de outras esferas que eles estão "avisados para não apoiar nem facilitar" a atuação do magistrado, indicando que Washington "monitora a situação de perto".
Essas declarações ocorrem em um momento de agravamento da crise política e jurídica no Brasil. No início da semana, Moraes determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, acusando o ex-presidente de violar medidas cautelares e tentar burlar restrições impostas na investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. Em julho, os EUA já haviam incluído o ministro na lista de sancionados pela Lei Magnitsky, resultando no bloqueio de seus ativos e na proibição de sua entrada no país por supostas violações de direitos humanos.
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