Pirajuí Rádio Clube FM

Regional

Delegado afirma ao Júri que crime de Claudia foi premeditado

Delegado Cledson Nascimento ao chegar ao Fórum

Delegado afirma ao Júri que crime de Claudia foi premeditado
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

O julgamento de Roberto Franceschetti, acusado de matar a secretária da Apae Claudia Lobo, começou nesta quinta-feira (9) no Tribunal do Júri de Bauru com a retomada de detalhes sobre a fase de investigação do caso. Logo no início da sessão, o delegado Cledson Nascimento, responsável pelo inquérito, relatou aos jurados que, segundo Dilomar Batista — acusado por ocultação de cadáver —, foi o próprio Roberto quem teria carregado o corpo de Claudia, envolto em um tapete, e o jogado em um buraco em uma área próxima a um campo de futebol, na rodovia Bauru-Iacanga. Disse também que as apurações revelaram a premeditação do crime.

O delegado foi o primeiro a prestar depoimento e fez uma ampla contextualização do processo, descrevendo as etapas da investigação que levaram à denúncia do crime. De acordo com ele, as informações dadas por Dilomar ajudaram a reconstruir a dinâmica do ocultamento do corpo e reforçaram a suspeita sobre a participação direta de Franceschetti.

Durante a oitiva, o comportamento dos réus também chamou a atenção no plenário. Dilomar permaneceu com o olhar fixo, acompanhando atentamente o depoimento, enquanto Roberto manteve-se de cabeça baixa durante a maior parte do tempo, evitando contato visual com os presentes.

Nascimento ainda apresentou aos jurados trechos da análise de mensagens trocadas entre a vítima e o acusado, destacando que Roberto costumava deletar as conversas, enquanto Claudia as mantinha arquivadas. Essa diferença permitiu à polícia identificar uma relação de forte admiração e apego por parte da secretária. Segundo o delegado, não havia registro de ameaças, brigas ou discussões entre eles por meio de mensagens.

Ao ser questionado sobre a motivação do crime, Cledson Nascimento reiterou o entendimento de que houve premeditação, mas evitou cravar uma causa. Ele lembrou que, nas entrevistas concedidas durante a investigação, havia mencionado uma possível disputa de poder como pano de fundo, mas que, em juízo, preferiu destacar: “Só o próprio autor pode revelar a real motivação.”

A defesa de Roberto Franceschetti concentrou sua atuação em contestar as conclusões da investigação policial, apontando supostas falhas na condução do inquérito.

O júri prossegue no Fórum de Bauru com a oitiva de outras testemunhas e, posteriormente, os interrogatórios dos réus. O caso, que chocou a cidade, volta a ser reconstituído agora sob o olhar dos sete jurados que decidirão o destino de Franceschetti.

O JCNET acompanha o julgamento no Fórum, mas não é possível fazer imagens no interior do Salão do Júri.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
Comentários:

Veja também