O Tribunal do Júri condenou a seis anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, uma mulher acusada de matar a tijoladas, no dia 8 de outubro de 2022, no Parque Santa Edwiges, em Bauru, o vizinho José Carlos de Almeida, de 63 anos. Após o homicídio, ela furtou objetos da residência da vítima e, por esse crime, foi sentenciada a 1 ano e 4 meses de reclusão em regime aberto, pena que foi substituída pela prestação de serviços à comunidade. A ré poderá recorrer da sentença em liberdade.
O julgamento ocorreu na última terça-feira (17). De acordo com os autos, A.P.F. havia sido denunciada e pronunciada por homicídio qualificado, por meio cruel, além de furto qualificado de produtos avaliados em R$ 4 mil. Por maioria de votos, no entanto, o Conselho de Sentença afastou a qualificadora do homicídio e a pena para este crime foi fixada pela Justiça no patamar mínimo pelo fato da ré não possuir antecedentes e pela inexistência de agravantes.
Relembre o caso
Conforme divulgado pelo JC na época, o corpo de José Carlos de Almeida foi encontrado pela Polícia Militar (PM), no quarto de sua residência, na manhã do dia 12 de outubro de 2022, após vizinhos sentirem um forte odor vindo do imóvel. No cômodo, havia marcas de sangue nas paredes e móveis, especialmente no guarda-roupas, e, ao lado da cabeça da vítima, foi localizado um tijolo quebrado, com manchas de sangue.
Em 7 de novembro, a Polícia Civil, através da 3.ª Delegacia de Homicídios (3.ª DH) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Bauru, prendeu a suspeita do crime, de 37 anos. A mulher era vizinha do idoso e havia se mudado de sua residência, juntamente com sua filha, na manhã do dia 8 de outubro, após deixar a chave da casa dele com outra moradora do bairro dizendo que ele havia “viajado”.
Segundo a polícia, durante viagem por aplicativo que mãe e filha fizeram, foram levados TV de 50 polegadas e micro-ondas que as investigações revelaram pertencer a José Carlos. A suspeita disse em depoimento que agrediu o vizinho durante um desentendimento após suposta investida frustrada de José Carlos para um ato sexual e que se apoderou dos bens dele posteriormente para vender e dar entrada em uma nova moradia.
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