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CNBB critica Congresso em carta de Ano Novo e cita preocupação

Dom Jaime Spengler, presidente da CNBB

CNBB critica Congresso em carta de Ano Novo e cita preocupação
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A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) criticou o Congresso Nacional na mensagem de Ano-Novo. O texto divulgado nesta segunda-feira (29) aponta uma série de ações dos congressistas como motivo de "entristecimento e preocupação".

"No âmbito da convivência democrática, o ano de 2025 foi marcado por profundas tensões e retrocessos sociais, que deixaram feridas abertas no tecido social. Algumas experiências fragilizaram seriamente a confiança nas instituições e desafiaram as pessoas de boa vontade, que acreditam numa sociedade mais justa e fraterna", diz o texto da instituição que reúne os bispos da Igreja Católica.

Como exemplos, a CNBB cita a flexibilização da Lei da Ficha Limpa, a aprovação do Marco Temporal e as mudanças na Lei Geral do Licenciamento como exemplos de desrespeito do Congresso pelos povos originários e tradicionais.

A carta também trata da "perda de decoro e a falta de responsabilidade por parte de algumas autoridades, especialmente do nosso Congresso Nacional".

Também foram mencionados como destaques negativos o pagamento exorbitante de juros e amortizações da dívida, o enfraquecimento da ética e o aumento da corrupção na vida pública, a desigualdade social, o aumento da violência, especialmente o feminicídio e outros crimes motivados pela intolerância, além do uso de drogas e o crescimento de "economias ilícitas".

"Discursos de ódio, manipulação da verdade, violências, radicalismos ideológicos e interesses particulares não podem se sobrepor ao bem comum", diz o documento assinado pelos arcebispos de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler, presidente da CNBB; de Goiânia (GO), dom João Justino; de Olinda e Recife (PE), dom Paulo Jackson - respectivamente, primeiro e segundo vice-presidentes da CNBB -; e pelo secretário-geral da CNBB, o bispo auxiliar de Brasília (DF) dom Ricardo Hoepers.

A instituição reafirma ainda o posicionamento contrário da Igreja Católica a qualquer iniciativa de legalização do aborto no Brasil e a defesa da vida desde a concepção.

Dentre os destaques positivos, são citados retirada de algumas tarifas norte-americanas sobre vários produtos brasileiros, a estabilidade da inflação e a realização da COP30, em Belém (PA).

A CNBB finaliza a carta defendendo a democracia como "patrimônio do povo brasileiro" que precisa de cuidado e promoção e deseja para o próximo ano a "paz desarmada e desarmante, humilde e perseverante".

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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