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Bolsonaro seria muito bem recebido na Argentina, diz Valdemar

'Ninguém precisa pedir asilo. Você atravessa um rio aqui e você está na Argentina', disse Valdemar Costa Neto

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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse nesta sexta-feira (22) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria "muito bem recebido" se quisesse obter asilo político na Argentina.

A Polícia Federal afirmou nesta semana ter identificado no celular do ex-presidente uma minuta de pedido de asilo político direcionado a Javier Milei. O documento viabilizaria a saída de Bolsonaro do Brasil e foi criado após a deflagração de investigações sobre a trama golpista de 2022 e 2023, segundo a PF.

"Ninguém precisa pedir asilo. Você atravessa um rio aqui e você está na Argentina. E o Bolsonaro ia ser muito bem recebido lá, porque eu fui à posse do Milei com ele e fiquei impressionado com o povo na rua, o que tinha de gente no nosso hotel querendo conhecer Bolsonaro", afirmou Valdemar durante evento no Rio de Janeiro.

O presidente do PL discursou durante o 24° Fórum Empresarial Lide, em mesa dividida com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL).

Valdemar minimizou publicação em que o vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho de Bolsonaro, comparou a "ratos" governadores da direita que são pré-candidatos à Presidência em 2026.

"São todos parceiros nossos, o [Romeu] Zema, em Minas Gerais, o [Ronaldo] Caiado, em Goiás. Temos gente preparadíssima, como Ratinho [Jr., governador do Paraná]. Tenho certeza que nós vamos estar juntos no segundo turno ou até no primeiro, quem sabe. Acontece que às vezes um filho vê o pai naquele estado e se desespera, fica nervoso, é natural. Temos que defender nossas famílias", afirmou Valdemar.

A fala que atribui a publicação de Carlos a um momento difícil da família Bolsonaro também foi repetida por governadores como Zema e Castro durante a semana.

No evento, Valdemar afirmou que Brasília vive uma guerra contra Bolsonaro e seu partido. Ele não citou, porém, nenhuma instituição política em seu discurso.

"O que estão fazendo com o presidente Bolsonaro, a humilhação que eles estão impondo ao nosso partido e ao presidente Bolsonaro tem destruído Bolsonaro pessoalmente. Ele fez uma operação muito séria recentemente, e dia após dia é um acontecimento", afirmou no fórum do Lide, grupo empresarial do ex-governador João Doria.

A defesa enfática ao ex-presidente acontece após críticas de aliados de Bolsonaro ao presidente do PL devido a seu comentário nas redes, considerado tímido, depois da notícia sobre a sua prisão domiciliar. "ESTOU INCONFORMADO!!!!! O QUE MAIS POSSO DIZER?", escreveu na época.

Após as críticas, Valdemar apagou a postagem e fez outra publicação maior, que mesmo assim foi lida como insuficiente por alguns aliados.

Valdemar Costa Neto também falou sobre a corrida presidencial de 2026. Ele disse que ainda tem esperança de Bolsonaro participar das eleições, comparando o caso dele com a prisão de Lula (PT). "Quem diria (...) que ele [Lula] seria candidato a presidente? Foi candidato e ainda ganhou."

Mas afirmou que existem vários nomes qualificados que estão disputando essa vaga caso Bolsonaro não consiga se candidatar e disse que quer que ele decida sobre o candidato da direita.

O presidente do PL citou o nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em sua fala, discorrendo com mais ênfase sobre o governador.

Ele disse que "quase teve um infarto" quando Bolsonaro escolheu o seu ex-ministro para ser o candidato dele a governador de São Paulo. Segundo Valdemar, seria um nome improvável, já que ele não votava no estado nem conhecia a unidade federativa direito e "não fez uma obra para São Paulo" quando era ministro da Infraestrutura no governo anterior.

*A repórter Stéfanie Rigamonti viajou a convite do Lide

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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