O carro de Augusto Melo teve as rodas rasgadas no sábado (9) no Parque São Jorge, e o ex-presidente do Corinthians saiu pelos fundos de carona com aliados antes anúncio do resultado que concretizou seu impeachment.
Augusto Melo foi até a sede do Corinthians para acompanhar a votação dos sócios. Ele esteve no Ginásio Wlamir Marques, mas não conversou com a imprensa e ficou isolado com seu sobrinho, Kadu Melo, que é conselheiro do clube.
No entanto, ele saiu do Parque São Jorge antes do fim da apuração e de carona com aliado, já que teve os pneus de seu carro rasgados. Ele deixou o local pela saída dos fundos para evitar contato com torcedores que acompanhavam o processo do lado de fora.
A defesa de Augusto Melo irá contestar a votação que concretizou sua destituição da presidência do Corinthians. Em nota enviada à imprensa, os advogados dizem que o ex-mandatário tomará as medidas cabíveis pelas vias adequadas e cita "absurdos" que teriam acontecido no escrutínio, como a condução da votação por pessoas que se posicionam contra ele e a entrada de membros de organizadas.
Impeachment consumado
Mais de dois mil sócios compareceram ao Parque São Jorge ontem para votar a última instância do processo de impeachment, que teve início em 2024. A votação ocorreu das 9h às 17h, e a apuração foi concluída por volta das 19h20.
Foram 1.413 votos a favor da destituição do mandatário, enquanto 620 votaram pelo retorno da gestão afastada. Duas pessoas votaram branco e outras duas nulo. A assembleia precisava de maioria simples dos votos para destituir o presidente.
Próximos passos
Osmar Stabile seguirá como presidente em exercício até que a eleição indireta seja marcada.
Augusto Melo é réu em caso Vai de Bet
Augusto e outros envolvidos foram denunciados por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro. A Justiça determinou a citação dos réus para apresentar defesa. O processo segue sob sigilo por envolver dados bancários e fiscais.
Segundo o MP, os crimes ocorreram entre dezembro de 2023 e maio de 2024, durante a gestão de Augusto Melo. Os réus são acusados de se associarem para desviar verba do contrato de patrocínio com a Vai de Bet, usando uma empresa de fachada -a Rede Social Media Design, de Alex Fernando André- como "intermediária" fictícia que receberia 7% do valor total do patrocínio.
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