A inesperada derrota de virada para o Japão, por 3 a 2, no amistoso de terça-feira (14), não deve alterar o planejamento de Carlo Ancelotti para os oito meses que antecedem a Copa do Mundo de 2026. O treinador italiano pretende usar os jogos de novembro para realizar novos testes antes de definir a lista para o Mundial.
Segundo a programação da comissão técnica, a ideia é ter o grupo do Mundial praticamente definido já nos dois amistosos marcados para março de 2026. Essas partidas serão as últimas antes da convocação final.
Ancelotti afirmou em mais de uma ocasião que já tem em mente "15 ou 16 nomes" dos 26 que levará para o torneio. Os dois jogos realizados nos últimos dias não mudaram muito esse quadro: a base titular foi bem no primeiro duelo, uma vitória por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul em Seul, e os reservas, escalados no segundo, a derrota para o Japão em Tóquio, não aproveitaram a oportunidade.
Ancelotti, por outro lado, ainda vê disputas abertas em todos os setores. A ideia é ampliar as observações em novembro, quando o Brasil deverá enfrentar Senegal e Tunísia, ambos na Europa. O plano é dar prioridade a atletas que atuam no futebol brasileiro.
"Até a Data Fifa de novembro, podemos experimentar algumas coisas e dar mais oportunidades a outros jogadores", explicou o técnico, que levou para a Ásia apenas quatro atletas do Brasil: Hugo Souza, Fabrício Bruno, Vitinho e Paulo Henrique.
Nenhum deles se destacou, e Fabrício Bruno, zagueiro do Cruzeiro, acabou marcado pelas falhas contra o Japão.
"Peço que as pessoas não sejam covardes a ponto de me crucificar por um erro que, infelizmente, aconteceu", disse o defensor, que foi mal em dois gols da partida.
Entre os que jogam na Europa, a derrota para o Japão também pesa para Richarlison. Ele e Bruno Guimarães são os únicos que atuaram nas seis partidas sob o comando de Ancelotti. O volante do Newcastle virou peça-chave no elenco, algo que não conseguiu alcançar o atacante do Tottenham.
Saiu-se de maneira melhor o quarteto escalado contra a Coreia do Sul, formado por Estêvão, Matheus Cunha, Rodrygo e Vinicius Junior. Raphinha e Gabriel Martinelli também vivem bom momento com o treinador.
O setor ofensivo é um dos mais concorridos. Há nomes que nem sequer foram chamados por Ancelotti ainda e que podem aparecer na lista final, como Neymar.
Essa é uma realidade, porém, que parece distantes. O atleta vem convivendo com recorrentes lesões e não atua há mais de um mês, por causa de um problema na coxa direita. Sua última atuação foi em 14 de setembro.
"Quando está em boas condições físicas, ele tem qualidade para atuar não apenas no Brasil mas em qualquer time do mundo, por causa do seu talento", disse Ancelotti.
Os 45 convocados por Carlo Ancelotti na seleção
Goleiros
- Alisson - Liverpool
- Hugo Souza - Corinthians
- Bento - Al Nassr
- Ederson - Fenerbahçe
- John - Nottingham Forest
Zagueiros
- Marquinhos - PSG
- Fabrício Bruno - Cruzeiro
- Gabriel Magalhães - Arsenal
- Beraldo - PSG
- Éder Militão - Real Madrid
- Léo Ortiz - Flamengo
- Alexsandro - Lille
Lateriais
- Wesley - Roma
- Vitinho - Botafogo
- Vanderson - Monaco
- Paulo Henrique - Vasco
- Carlos Augusto - Inter de Milão
- Alex Sandro - Flamengo
- Caio Henrique - Monaco
- Douglas Santos - Zenit
- Danilo - Flamengo
Meio-campistas
- João Gomes - Wolverhampton
- Éderson - Atalanta
- André - Wolverhampton
- Joelinton - Newcastle
- Andrey Santos - Chelsea
- Jean Lucas - Bahia
- Gerson -Zenit
- Bruno Guimarães - Newcastle
- Casemiro - Manchester United
- Lucas Paquetá - West Ham
- Andreas Pereira - Palmeiras
Atacantes
- Rodrygo - Real Madrid
- Vinicius Junior - Real Madrid
- Estêvão - Chelsea
- Matheus Cunha - Manchester United
- Gabriel Martinelli - Arsenal
- Igor Jesus - Nottingesquham Forest
- Luiz Henrique - Zenit
- Richarlison - Tottenham
- Raphinha - Barcelona
- Kaio Jorge - Cruzeiro
- João Pedro - Chelsea
- Samuel Lino - Flamengo
- Antony - Betis
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