Suspeito de matar mulher a facadas morre em confronto com o Baep

O homem suspeito de tirar a vida da ex-companheira a facadas, na manhã desta segunda-feira (8), em Bauru, foi morto horas depois em confronto com o 13º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), que efetuou dois disparos na rua André Luiz dos Santos, quadra 1, em uma área de mata do Jardim Niceia. José Felipe Tozi Cândido, de 38 anos, havia fugido após o crime, ocorrido na quadra 3 da rua João Esteves de Souza, no Jardim Carolina, e foi localizado durante as buscas intensificadas pela polícia.

Segundo o boletim de ocorrência (BO), diversas equipes da corporação faziam incursões na região do Nicéia, quando o suspeito foi localizado dentro de um barraco abandonado. Ao ser encontrado, ele avançou contra o policial do Baep que, diante do ataque, efetuou um disparo com sua pistola calibre .40, enquanto outro policial desferiu um tiro com o fuzil, consta do documento policial. José Felipe foi atingido, caiu e foi desarmado no local.

Ainda segundo o registro no plantão da Polícia Civil, a faca usada pelo agressor tinha manchas de sangue, possivelmente a mesma usada durante a ação que vitimou Jéssica Pereira Silva, 37 anos. As armas dos policiais envolvidos, que não sofreram ferimentos, além da faca do suspeito, foram apreendidas para perícia. Também foram requisitados exames necroscópico e toxicológico, e o Ministério Público foi comunicado, aponta o BO.

De acordo com a Polícia Civil, em análise inicial, a reação policial se enquadra em legítima defesa, uma vez que houve agressão com arma branca e uso de meios necessários para conter o ataque.

Feminicídio

Jéssica Pereira Silva foi atacada em via pública e sofreu golpes nas costas, na altura do peito, ombro e pescoço. A violência foi tamanha que a lâmina da faca se quebrou durante o ataque, segundo informações preliminares apuradas pelo JCNET junto ao Samu e à Polícia Militar. Testemunhas também relataram que o agressor continuou a agredir a mulher com chutes após ela cair ao chão. O caso é investigado como feminicídio.

O crime ocorreu um dia após mobilizações nacionais contra a violência de gênero. No domingo (7), movimentos sociais, coletivos feministas e entidades de direitos humanos promoveram atos em diversas cidades, incluindo Bauru, onde manifestantes ocuparam a avenida Getúlio Vargas para denunciar o avanço dos casos de feminicídio no País. O JCNET acompanhou a manifestação.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet