Uma astronauta na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) registrou um curioso e visualmente impressionante evento conhecido como sprite.

O sprite é um fenômeno atmosférico associado a significativos eventos de raios e que ocorre acima deles, na mesosfera (de 50 a 85 quilômetros acima da superfície terrestre). Sprites acontecem após raios e são um flash avermelhado que se espalha em formatos difusos.

Eles são parte de um grupo chamado eventos luminosos transientes (TLEs, na sigla em inglês).

A imagem mostra uma vista do espaço com a Terra ao fundo, onde se destaca um fenômeno luminoso em forma de um feixe de luz azul e vermelho, que parece emergir de uma área de nuvens. No canto inferior direito, há uma parte de um braço robótico, possivelmente da Estação Espacial Internacional, que está apontando para a Terra. Apesar de o fenômeno dessa vez ter sido capturado a partir da ISS pela astronauta Nichole Ayers, 36, ele também pode ser visto da Terra. Há inclusive um projeto de ciência cidadã -ou seja, pessoas não necessariamente envolvidas com pesquisas participando de produção científica- da Nasa chamado Spritacular (um neologismo que une "sprite" e a palavra "espetacular" em inglês) para registros de TLEs.

De toda forma, a visão do espaço acaba facilitando a observação de sprites e outros eventos luminosos transientes. Da Terra, trata-se de uma fenômeno mais difícil de ser documentado, com necessidade de um céu noturno sem nuvens.

Segundo o Earth Observatory, da Nasa, sprites podem estar conectados a descargas elétricas positivas da nuvem para o solo. "O relâmpago com carga positiva interage com o nitrogênio atmosférico, criando uma ruptura elétrica que produz clarões de luz vermelha", aponta o site.

Ayers está na ISS desde março deste ano. A missão da qual ela faz parte, a Crew-10, permitiu o retorno dos astronautas Barry Wilmore e Sunita Williams, que passaram nove meses no laboratório após a nave na qual viajaram, a Starliner, da Boeing, apresentar problemas.

Completam a Crew-10 Anne McClain, também da Nasa, Takuya Onishi, da Jaxa, e o cosmonauta Kirill Peskov.