A brasileira ficou isolada por quatro dias numa encosta de difícil acesso, enquanto equipes de resgate enfrentavam condições extremas para tentar alcançá-la. Quando finalmente conseguiram, foi para descobrir que haviam perdido a corrida contra o tempo.
Ainda não foi determinado o momento exato da morte da jovem. Na segunda-feira (23), um drone equipado com sensor térmico localizou Juliana imóvel no desfiladeiro. A detecção de calor sugere que ela ainda estivesse viva naquele momento ou que sua morte tivesse ocorrido há pouco tempo, já que o equipamento só identifica fontes de calor relativamente recentes.
Juliana foi vista com vida pela última vez por turistas que ouviram seus gritos no sábado (21), logo após a queda. Desde então, ao menos seis equipes de resgate trabalharam na montanha com apoio de cordas e até uma furadeira industrial para vencer os obstáculos do terreno. O corpo só foi alcançado na manhã desta terça-feira (24), e a morte foi confirmada pela família em nota nas redes sociais.
Trilha que Juliana percorria/Foto: Parque Nacional do Rinjani
A trilha até o cume do Rinjani, segundomaior vulcão da Indonésia, é uma das mais exigentes da Ásia, com trechos escorregadios, poeira vulcânica e temperaturas que podem cair a 4?°C. O Parque Nacional recomenda preparo físico elevado, uso de bastões de apoio, botas apropriadas, jaquetas impermeáveis e a contratação de guias credenciados para realizar o percurso com segurança. Imagens de Juliana mostram que ela vestia tênis de caminhada, calça legging e camiseta.
Juliana fazia mochilão solo pela Ásia desde fevereiro e havia visitado outros países antes de chegar à Indonésia. Ela caiu após se afastar do grupo com o qual fazia a trilha. Segundo relatos das autoridades locais, a jovem sentiu-se exausta e ficou para trás, e foi dada como desaparecida logo em seguida.
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