O Ministério Público do Acre cobra explicações da Secretaria de Estado de Saúde sobre o caso de um recém-nascido que chegou a ser declarado morto na noite de sexta-feira (24) e, mais de dez horas depois, foi descoberto vivo pela família, pouco antes do enterro.
Segundo a pasta da Saúde, ele era "prematuro extremo", com 24 semanas, e estava sem sinais vitais após parto normal, na noite de sexta-feira (24), na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco.
"O recém-nascido apresentou sinais vitais e foi imediatamente levado de volta à maternidade, onde permanece em estado grave sob cuidados intensivos e acompanhamento contínuo da equipe médica e de enfermagem", continuou a pasta da gestão Gladson Cameli (PP).
Boletim médico divulgado às 12h deste domingo (26) pela maternidade informou que ele está "clinicamente estável", intubado e em ventilação mecânica, com "redução gradativa dos parâmetros ventilatórios devido à melhora mecânica da respiração".
"Apresenta-se hemodinamicamente estável, com sinais vitais dentro da normalidade para a idade gestacional", acrescentou o boletim, assinado pela médica neonatologista Maria do Socorro Avelino.
A Secretaria de Saúde afirma ter instaurado uma apuração interna para esclarecer os fatos.
Procurada nesta domingo, a Polícia Civil não respondeu até a publicação do texto.
O Ministério Público do Estado do Acre, por meio da 1ª Promotoria Especializada de Defesa da Saúde, enviou um ofício neste sábado (25) à Secretaria de Estado de Saúde e à Maternidade Bárbara Heliodora requisitando informações sobre o caso.
A promotoria disse que atua para "garantir que todas as circunstâncias sejam devidamente esclarecidas, bem como para apurar responsabilidades e adotar as medidas cabíveis".
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