A forma de avaliar a pressão arterial no Brasil mudou. Um documento lançado durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, nessa quinta-feira (19), elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em conjunto com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), passou a classificar como pré-hipertensão valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9.
Antes tratados como “normais limítrofes”, esses números agora entram em zona de alerta. A ideia é agir mais cedo: médicos devem recomendar mudanças de hábito e, dependendo do risco do paciente, podem indicar tratamento com remédios. Além disso, a diretriz trouxe metas de controle mais rígidas, um escore para prever risco cardiovascular em dez anos e capítulos inéditos sobre a saúde da mulher e o papel do SUS.

A forma de avaliar a pressão arterial no Brasil mudou. Um documento lançado durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, nessa quinta-feira (19), elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em conjunto com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), passou a classificar como pré-hipertensão valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9.
Leia mais: Nova diretriz orienta como medir pressão arterial dentro e fora de consultório
Antes tratados como “normais limítrofes”, esses números agora entram em zona de alerta. A ideia é agir mais cedo: médicos devem recomendar mudanças de hábito e, dependendo do risco do paciente, podem indicar tratamento com remédios. Além disso, a diretriz trouxe metas de controle mais rígidas, um escore para prever risco cardiovascular em dez anos e capítulos inéditos sobre a saúde da mulher e o papel do SUS.
Como era e como passou a ser a classificação da pressão arterial no Brasil?
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Antes: até 12 por 8 mmHg era considerado normal.
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Agora: esse valor é visto como pré-hipertensão.
A pressão realmente normal passa a ser até 11 por 7 mmHg.

Qual o motivo da mudança?
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Estudos mostram que mesmo quem tem pressão “de 12 por 8” já apresenta risco maior de infarto, AVC e insuficiência cardíaca.
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O objetivo é identificar cedo quem está em risco e agir antes de virar hipertensão de fato.
O que muda no tratamento
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Pré-hipertensos não saem direto com receita de remédio.
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A prioridade é mudança de hábitos de vida: alimentação com menos sal, perda de peso, prática regular de atividade física, menos álcool e exclusão do cigarro no dia a dia.
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Se a pressão ficar a partir de 14 por 9 mmHg com persistência.
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Em alguns casos especiais (diabetes, doença renal ou alto risco cardiovascular), o tratamento medicamentoso pode começar antes.
Risco cardiovascular global
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O diagnóstico agora não olha só o número da pressão.
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Médicos devem avaliar todo o contexto: colesterol, diabetes, histórico familiar, tabagismo, peso e estilo de vida.
Papel do SUS
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A diretriz destaca que o SUS deve garantir acesso a exames e remédios para hipertensão, além de incentivar programas de prevenção e acompanhamento nas unidades básicas de saúde.

Saúde feminina
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Mulheres têm momentos de maior vulnerabilidade para a pressão alta:
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Gestação (risco de pré-eclâmpsia)
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Uso de anticoncepcionais
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Menopausa
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A diretriz recomenda atenção especial nesses períodos.
O que fazer na prática, segundo a SBC
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Meça sua pressão regularmente, mesmo sem sintomas.
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Adote hábitos saudáveis já na fase de pré-hipertensão.
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Procure acompanhamento médico se os valores passarem de 12 por 8 com frequência.
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Não se automedique — apenas o médico pode indicar quando usar remédio.
*Fonte: Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2025

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