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Papa Leão XIV faz apelo à paz mundial em primeira aparição pública

Pontífice leu mensagem onde citou a Ucrânia, Gaza e Caxemira ao final da oração Regina Coeli em primeiro ato litúrgico aberto ao público desde que foi anunciado

Papa Leão XIV faz apelo à paz mundial em primeira aparição pública
Fiéis se reúnem na Praça de São Pedro no dia em que o Papa Leão XIV conduz a oração do Regina Caeli, no Vaticano — Foto: Stefano Rellandini / AFP
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O Papa Leão XIV fez um apelo pela paz mundial e o fim de conflitos em diversas regiões do mundo neste domingo, em uma mensagem lida ao fim da oração da Regina Coeli ("Rainha da Paz", em português), sua primeira aparição pública para um momento litúrgico aberto ao público desde que foi anunciado como líder da Igreja Católica na quinta-feira. O Pontífice citou nominalmente as guerras na Ucrânia, em Gaza e os conflitos entre Índia e Paquistão na região da Caxemira, pedindo uma resolução pacífica para todos.

Da sacada da Basílica de São Pedro, Leão XIV relembrou os horrores da Segunda Guerra Mundial antes de se referir aos conflitos atuais. Ele disse seguir o caminho de seu antecessor, o Papa Francisco, para se dirigir "aos grande do mundo" em um apelo para de "nunca mais à guerra". Foi então que mencionou nominalmente alguns cenários específicos.

— Trago no meu coração o sofrimento do amado povo ucraniano. Que se faça tudo aquilo que for possível para alcançar o mais rápido possível uma paz autêntica, justa e duradoura. Que sejam libertados todos os prisioneiros e que as crianças possam retornar às próprias famílias — disse o Pontífice.

A mensagem sobre o conflito no Leste Europeu ocorre um dia após o presidente russo, Vladimir Putin, propor uma negociação direta entre Rússia e Ucrânia no próximo dia 15, na Turquia, a fim de discutir um possível cessar-fogo incondicional de 30 dias. Putin afirmou que não há "condição prévia" para a negociação. Em uma manifestação neste domingo, o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky afirmou que Moscou "começa a considerar a paz", e disse que a proposta de Putin é um "sinal positivo".

Embora seja um pedido geral para o fim da guerra, que se arrasta por mais de três anos, a menção do Papa específica ao retorno de "crianças a suas famílias" parece fazer referência a um dos pontos mais polêmicos da guerra: a deportação de crianças ucranianas para a Rússia. Os dois países chegaram a entendimentos durante o conflito para que algumas delas fossem reunidas com suas famílias ao longo da guerra, mas a alegação de deportação ilegal de crianças foi um dos motivos que levou o Tribunal Penal Internacional (TPI) a emitir um mandado de prisão contra Putin.

O Papa continuou citando o conflito na Faixa de Gaza, entre Israel e Hamas, fazendo um apelo duplo: para que os reféns ainda mantidos em cativeiro sejam libertados, e para que a população do enclave palestino volte a receber ajuda humanitária. A estimativa israelense é de que 59 reféns ainda estejam em poder de grupos armados palestinos (embora metade acredite-se estar sem vida), enquanto organizações internacionais denunciam uma crise humanitária grave em Gaza pelo bloqueio imposto por Israel na fronteira, que impede o auxílio a civis.

— Sinto a dor daquilo que acontece na Faixa de Gaza. Que cesse imediatamente o fogo. Que se preste socorro humanitário a toda a população civil, e que sejam os reféns liberados — disse Leão XIV.

Por fim, o Pontífice se disse satisfeito com o anúncio de acordo entre Índia e Paquistão para um cessar-fogo após ataques trocados em decorrência da escalada de violência na região da Caxemira. Apesar do acordo, acusações de descumprimento partiram tanto de Islamabad quanto de Nova Délhi.

— Acolhi com satisfação o anúncio do acordo entre Índia e Paquistão. Espero que através das novas negociações, se possa alcançar rapidamente um acordo duradouro — disse o Papa, antes de concluir seus apelos pela paz. — Também existem tantos conflitos no mundo. Confio à Rainha da Paz este forte apelo para que seja ela que apresente ao senhor Jesus para que alcancemos o milagre da paz.

 

FONTE/CRÉDITOS: Extra online (Por Bernardo Mello Franco, Enviado especial — Roma)
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