Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (14), o cirurgião Claudio Birolini, responsável pela operação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que o problema intestinal tratado no fim de semana não está totalmente resolvido. Segundo ele, novas aderências — estruturas fibrosas que podem se formar após cirurgias — devem surgir com o tempo.
“Um abdômen hostil como o dele inevitavelmente vai formar novas aderências. Por mais que tudo tenha sido liberado, essas estruturas voltam a se formar”, explicou o médico na coletiva de imprensa no auditório do Hospital DF Star, em Brasília.
Bolsonaro passou por uma cirurgia de 12 horas no domingo (13), com o objetivo de liberar aderências intestinais e reconstruir parte da parede abdominal. Mesmo considerada de alta complexidade, a operação não teve intercorrências.
Apesar do sucesso inicial, Birolini ressaltou que a recuperação pode ser lenta e que a equipe médica não pretende apressar o processo. Ele classificou a situação do ex-presidente como "complexa", devido aos danos significativos na parede abdominal. Em médio ou longo prazo, ainda há risco de surgirem novas "bridas", um tipo específico de aderência que pode comprometer o funcionamento dos órgãos abdominais.
Internado em Brasília desde a noite de sábado (12), Bolsonaro foi transferido de Natal (RN) após sentir fortes dores durante agenda política no estado. Segundo Birolini, o quadro clínico apresentado na sexta-feira foi o mais grave desde a facada sofrida pelo ex-presidente em 2018. Atualmente, seu estado de saúde é considerado estável.
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