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Morre bebê atacado por animais no interior de Minas Gerais

O bebê estava internado desde o último sábado (19) no Hospital João 23, em Belo Horizonte

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Um recém-nascido que foi atacado por animais após ser abandonado em um lote no interior de Minas Gerais morreu nesta quarta-feira (23), de acordo com a prefeitura de Angelândia, cidade do Vale do Jequitinhonha.

O bebê estava internado desde o último sábado (19) no Hospital João 23, em Belo Horizonte, após ter sido socorrido por aeronave do Corpo de Bombeiros.

Segundo a corporação, ele foi encontrado em estado grave, com ferimentos tipicamente causados por animais.

Ainda no sábado, uma adolescente de 16 anos, apontada como a mãe da criança, foi apreendida por ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado no município de Angelândia.

Procurada, a Defensoria Pública, responsável por sua defesa, disse que acompanha o cumprimento da medida socioeducacional, mas que irá se manifestar apenas nos autos já que o caso tramita em segredo de Justiça.

A mãe e o padrasto da adolescente foram presos em flagrante. Procurada, a defesa diz que não irá compartilhar informações do caso.

Durante o processo, os advogados do casal pediram a liberdade provisória dos clientes, com o argumento de que são réus primários e possuem endereço fixo.

A demanda foi negada pela juíza de plantão, que mudou a prisão para preventiva (sem prazo). Ela disse que a conduta deles foi de acentuada gravidade e que havia possibilidade de fuga, já que os policiais encontraram uma mala com roupas na residência onde moravam com a adolescente.

A magistrada também acatou pedido do Ministério Público para a coleta do material genético do bebê e do padrasto, demanda que foi aceita pela defesa.

De acordo com o boletim de ocorrência, vizinhos encontraram no sábado (19) o bebê chorando em um lote vazio e sendo atacado por cães. Eles espantaram os animais e acionaram o socorro.

As testemunhas afirmaram que a criança seria filho de uma adolescente que morava com a mãe e o padrasto em uma casa vizinha e tentava esconder a gravidez.

Os policiais relataram no boletim de ocorrência que a residência deles estava vazia quando chegaram ao local, mas que estava parcialmente aberta.

No quarto que seria da adolescente, os militares encontraram uma toalha com manchas de sangue, além de marcas recentes de sangue no colchão. Eles também localizaram uma mala com roupas.

Após diligências, os policiais se deslocaram até a casa de familiares da adolescente, onde encontraram ela, a mãe e o padrasto.

Primeiramente, ela negou a gravidez e o parto, mas, em novo contato com a autoridade policial, relatou que na noite de sexta, quando todos estavam dormindo, se levantou para ir ao banheiro e percebeu que a criança estava nascendo.

Segundo relatado na decisão judicial, a adolescente teria ficado sem reação, jogado a criança por cima do muro no lote vago, tomado um banho e se deitado sobre uma toalha, onde dormiu.

No depoimento à Polícia Civil, a mãe da adolescente permaneceu em silêncio, enquanto seu padrasto disse que ele e a companheira não tinham ciência da gravidez da menor.

Ela afirmou que na data dos fatos acordou com os gritos dos vizinhos e viu o recém-nascido com vários ferimentos em um lote vago, tendo ficado assustado com a cena.

A magistrada disse que a alegação de que eles não tinham conhecimento da gravidez da adolescente não é corroborada por nenhum elemento. Disse ainda que, como coautores do suposto crime de homicídio qualificado, incide a eles a mesma pena imputada ao delito.

Ela completou que o casal tinha o dever de evitar o resultado, já que legalmente tinham a obrigação de cuidado.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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