A cidade de São Paulo teve alta de 9% nos homicídios dolosos, ou seja, com intenção, entre janeiro a setembro deste ano no comparativo com semelhante período de 2024.
De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública do estado), 402 pessoas foram assassinadas em nove meses na capital ante 367 no ano passado e em 2023, que registrou a mesma quantidade.
Somente em setembro foram 52 mortes, o que torna mês o segundo com mais vítimas em 2025, atrás apenas de junho --quando foram 56 notificações, sendo 15 delas ossadas encontradas em um cemitério clandestino na área conhecida como parque dos Búfalos, no Jardim Apurá, zona sul de São Paulo.
Em nota, a SSP disse ampliar as estratégias de combate a todas as modalidades de crimes na capital, com investimentos em inteligência policial, tecnologia e inovação para fortalecer o trabalho das forças de segurança. "Além de aumento policial ostensivo e preventivo na cidade. Todos os crimes contra a vida são analisados continuamente pelo programa SP Vida, que orienta a formulação de estratégias e políticas públicas mais assertivas para prevenir e coibir esses delitos", afirma a pasta da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Capital e estado seguiram o mesmo ritmo em relação aos furtos, quando uma pessoa tem um bem tomado, mas sem uso de violência. No geral a variação não chegou a 1%, mas passou de cerca de 413 mil registros para 416 mil. Na capital a alta foi de 5% (passou de 179.614 para 188.976 ocorrências).
Uma das explicações para o crescimento pode estar associada aos ataques de grupos como a gangue da bike, que montados em bicicletas tomam o celular de pessoas distraídas e fogem, e de ladrões que furtam celulares de pessoas dentro de veículos parados no trânsito.
Na junção de nove meses também houve alta de registros de estupros. Segundo o governo estadual, foram 10.950 registros, 93 a mais do que no mesmo período de 2024. Na capital houve um ligeiro recuo, com 11 casos notificados a menos neste ano.
Em queda
Crime cometido com violência, através uso de arma ou grave ameaça, os roubos na cidade e no estado desabaram nos registros.
Na capital a queda foi menor, mas não menos significativa. Segundo o governo paulista, houve recuo de 10 mil registros entre janeiro a setembro.
Também houve queda na quantidade de vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte) no estado e na capital. Na cidade foram 43 mortos até setembro do ano passado contra 28 em 2025. No território paulista, a variação foi de 135 para 103 vítimas.
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