O estupro de uma menina de 12 anos, felizmente evitado em Bauru nesta segunda-feira (1), perto de uma escola no bairro Vila Giunta, não aconteceu porque o empreendedor Willian Douglas Marcelino Ribeiro, de 31 anos, estava atento, percebeu a movimentação suspeita, interveio e entrou em luta corporal com o abusador, de 26 anos. O agressor foi preso em seguida, com a ajuda de populares que o contiveram com uso da força física até a chegada da Polícia Militar.
Ao JC/JCNET, Willian contou que leva uma vida simples, mas de muito trabalho. Ele e a esposa administram uma marmitaria, no Jardim Terra Branca, onde também residem. Enquanto ela cuida das vendas e pagamentos, ele se dedica às entregas de moto. Antes de iniciar o expediente, como de costume, é Willian quem leva os filhos à escola. O casal tem quatro crianças: três meninos e uma recém-nascida.
Na manhã do crime, por volta das 7h30, ele havia deixado o filho mais velho, de 12 anos, no colégio. Em vez de se distrair no celular, prefere observar a movimentação ao redor da escola — hábito que considera essencial. Foi assim que notou algo estranho entre o adulto e a menina.
O empreendedor disse que questionou o adulto, perguntando quem ele era e o que estava fazendo. Para seu espanto, o homem respondeu que a menina era sua namorada. “Ele poderia ter dito que era tio, um conhecido, mas falar aquilo mostrou que não estava bem. Perguntei à menina se o conhecia; ela disse que não e estava com cara de choro. O sujeito ainda tentou me intimidar, dizendo que fazia parte de uma torcida organizada do Corinthians. Eu também sou corintiano. Tirei a menina dele, brigamos ali mesmo, ele fugiu e eu fui atrás”, detalhou.
A torcida organizada bauruense Fiel Macabra repudia a atitude do agressor e informa que ele não faz parte do grupo. Para Willian, a referência foi apenas uma tentativa de intimidação.
Ainda segundo o empreendedor, outros homens que trabalhavam próximos ajudaram a segurar o acusado, que ficou imobilizado até a chegada da PM. O indivíduo prestou depoimento na delegacia e permaneceu preso, passou por atendimento em seus ferimentos e ficou à disposição da Justiça.
Willian carrega com orgulho em sua bolsa de entregas desenhos feitos pelos filhos e reforçou a importância de todos estarem atentos às crianças em vias públicas, sejam filhos ou não. “Foi um fato triste, lamentável, mas que, graças a Deus, não aconteceu. A menina está bem e junto da família”, concluiu.
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