Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) poderia tirar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de eventual segundo turno das eleições de 2026, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (16).
No cenário de primeiro turno que inclui o congressista e o chefe do Executivo paulista, Flávio tem 23%, e Tarcísio, 10%, enquanto o presidente Lula (PT) fica com 41%.
No segundo turno, Lula marca 10 pontos de vantagem sobre ambos. O petista aparece com 46% das intenções de voto, enquanto o filho do ex-presidente registra 36%. Em confronto com o governador, Lula venceria com 45% ante 35% de Tarcísio.
O levantamento foi feito de 11 a 14 de dezembro. Foram 2.004 entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais. A margem de erro estimada é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
A divulgação dos resultados ocorreria nesta quarta (17), mas a Quaest informou que decidiu pela antecipação porque começaram a circular no mercado números não oficiais atribuídos à pesquisa.
A Bolsa despencou mais de 2%, e o dólar, por outro lado, encerrou o dia em alta de 0,82% em meio à divulgação da pesquisa. O governador paulista é visto por investidores como um candidato mais alinhado à agenda pró-mercado e mais competitivo do que Flávio para disputar contra Lula.
A pesquisa da Quaest mostra que Lula lidera nos demais cenários testados: contra os governadores do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
Contra o paranaense, a vantagem também é de 10 pontos, com os mesmo percentuais que os de Tarcísio, 45% e 35%. Em uma disputa com Caiado, a diferença é de 11 pontos. O petista venceria com 44% ante 33%. Já Zema ficaria 12 pontos atrás, com 33% ante 45% de Lula.
O ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) marca 8% de intenções de voto no primeiro turno. Renan Santos (Missão) ficou com 1% a 3% a depender do cenário testado, e Aldo Rebelo (Democracia Cristã) marcou 1% e 2%.
Avaliação do Governo Lula
Ainda segundo a pesquisa, os que avaliam de forma negativa o trabalho do governo Lula se mantiveram em 38% em relação a novembro. A avaliação positiva, por outro lado, saiu de 31% para 34%, enquanto a regular foi de 28% para 25%. Outros 3% dos entrevistados não responderam ou não souberam responder.
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