Pirajuí Rádio Clube FM

Geral

Caso MC Poze: dos show na Cidade de Deus à saída da prisão

MC Poze cresceu na Favela do Rodo

Caso MC Poze: dos show na Cidade de Deus à saída da prisão
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

MC Poze do Rodo, 26, solto nesta terça (3) em meio a comemoração de centenas de fãs em frente ao Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, terá que cumprir medidas cautelares enquanto espera o desfecho judicial do seu caso.

Ele é suspeito de apologia do crime e envolvimento com a facção Comando Vermelho. Com cerca de 15 milhões de seguidores nas redes sociais, ele carrega, em seu nome artístico, a favela em que cresceu.

A defesa de Poze nega as acusações contra ele.

Confira abaixo a cronologia sobre a prisão e a investigação a respeito do funkeiro.

17 de maio de 2025: Poze realizou um show na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Durante a apresentação da música "Tropa do General", ele fez gestos e menções que, segundo a polícia, caracterizam apologia do Comando Vermelho. No local, também havia homens armados com fuzis, supostamente traficantes da facção.

19 de maio de 2025: O policial da CORE (Coordenadoria de Recursos Especiais), José Antônio Lourenço, foi assassinado com um tiro na cabeça na mesma região, a Cidade de Deus, área dominada pelo Comando Vermelho. Esse crime agravou o contexto das investigações contra o tráfico local.

29 de maio de 2025: Poze foi preso em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio. A prisão foi feita pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes, com mandado expedido pela 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá. Poze foi algemado, levado descalço e sem camisa, o que gerou críticas nas redes sociais.

A prisão foi motivada por suspeitas de apologia do crime e possível envolvimento com o Comando Vermelho.

A polícia alegou que o cantor fazia shows em comunidades dominadas pela facção e que suas músicas, símbolos e joias fariam referência ao grupo criminoso. A prisão foi decretada de forma temporária, com prazo de 30 dias, e ele foi encaminhado para o presídio Bangu 3, onde ficam detentos ligados ao Comando Vermelho.

3 de junho de 2025: MC Poze foi solto por decisão da Justiça do Rio de Janeiro, que concedeu um habeas corpus. A soltura ocorreu por volta das 16h30. Cerca de 40 minutos antes, às 15h50, houve um tumulto na porta do Complexo Penitenciário de Bangu, quando o cantor MC Oruam, filho de Marcinho VP (considerado um dos líderes do Comando Vermelho), subiu em um ônibus, agitando o público. A Polícia Militar reagiu utilizando balas de borracha, gás lacrimogêneo e cassetetes. A multidão que acompanhava o ato resistiu, protegendo Oruam e gritando "Solta o cara". O Batalhão de Choque precisou ser acionado para conter a confusão.

3 de junho de 2025 (após o tumulto): Com a situação controlada, Poze saiu do presídio a pé, acompanhado de seus advogados e foi recebido com abraços por sua esposa, Viviane Noronha, que naquele mesmo dia também foi alvo de uma operação da Polícia Civil, sem relação direta com o caso dele.

Na saída, Poze declarou: "Eu não sou bandido, sou artista." Cerca de 100 motoqueiros o escoltaram até a avenida Brasil. A polícia interveio novamente para dispersar parte da multidão.

Já em casa, o funkeiro conversou com a imprensa e criticou a polícia. "Meus filhos pequenos têm trauma de polícia. Se meus filhos veem a polícia, eles choram. Vocês [polícia] não param de vir aqui em casa. Me deixa em paz", disse.

Poze deverá comparecer mensalmente à Justiça, está proibido de manter contato com os demais investigados e com pessoas ligadas ao Comando Vermelho, além de não poder sair do estado do Rio de Janeiro sem autorização judicial.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
Comentários:

Veja também