Começa logo mais, às 9h, no Fórum de Bauru, o julgamento de um dos crimes de maior repercussão da história recente da cidade: o assassinato de Claudia Regina da Rocha Lobo, ex-secretária-executiva da Apae.
Sentarão no banco dos réus o ex-presidente da associação, Roberto Franceschetti Filho, e o ex-funcionário do almoxarifado da entidade, Dilomar Batista. Ambos serão submetidos ao Tribunal do Júri e respondem por crimes ligados à morte de Claudia, desaparecida desde agosto de 2024.
A sessão estará sob a presidência do juiz Jair Antônio Pena Junior, da 1.ª Vara Criminal. O julgamento poderá se estender até esta sexta-feira (10), devido à complexidade do caso e ao número de testemunhas arroladas.
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O ex-presidente da Apae é acusado de homicídio triplamente qualificado – por motivo torpe, mediante traição e com objetivo de ocultar outro crime (suposta apropriação indevida de recursos da entidade). Ele também responde por ocultação de cadáver e fraude processual, mesmos crimes atribuídos a Dilomar.
Dinâmica do julgamento
Seguindo o rito do Tribunal do Júri, os trabalhos serão abertos com o depoimento das testemunhas de acusação, indicadas pelo promotor de justiça Alex Ravanini Gomes, do Ministério Público. Em seguida, será a vez das testemunhas de defesa. Ao todo, nove pessoas deverão ser ouvidas – cinco pelo Ministério Público e cinco pela defesa de Roberto, sendo uma delas em comum.
A defesa de Roberto será conduzida pelos advogados Leandro Pistelli, Vanessa Mangile e Lucas Martins. Já os advogados Thiago Tezani e Heloísa Leutwiler representam Dilmomar e também indicaram duas testemunhas.
Na sequência, os acusados serão interrogados, com previsão de que Roberto fale primeiro, seguido por Dilomar. Depois, começam os debates orais entre promotoria e defesas.
Desaparecimento ou homicídio?
O Ministério Público sustenta que Claudia Lobo foi assassinada em 6 de agosto de 2024, após investigação conduzida pela 3.ª Delegacia de Homicídios da Deic de Bauru. A versão da defesa, no entanto, é de que trata-se de um caso de desaparecimento, já que o corpo da ex-secretária-executiva nunca foi localizado.
O objetivo do embate entre acusação e defesa é permitir que os sete jurados – via de regra, pessoas leigas no direito – possam formar convicção clara e embasada para proferir seus votos.
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