Talento e polêmica na mesma medida. Adriano Leite Ribeiro, o Adriano Imperador, tem sua carreira marcada por altos e baixos.
Natural do Rio de Janeiro e criado na comunidade da Vila Cruzeiro, Adriano nasceu em 17 de fevereiro de 1982 e começou sua carreira nas categorias de base do Flamengo, a princípio como lateral-esquerdo. Já avançado para o ataque, a jovem promessa da Gávea estreou na equipe principal do Rubro-Negro em 2000.
Uma temporada depois, Adriano já estava sendo negociado com a Internazionale de Milão, mas sua estadia na capital da moda seria breve: em decorrência de um acordo entre o clube nerazzurri e o Parma, o brasileiro foi emprestado e ficou até 2004 defendendo a equipe amarela e azul do norte da Itália.
Em 2005, já famoso na Velha Bota, Adriano ganhou o apelido de "Imperador? por ser homônimo de um dos generais que comandaram Roma antiga. Sucesso com a camisa dez da Inter, o brasileiro começou a ser convocado para a Seleção Brasileira, onde fez grandes partidas nas campanhas vitoriosas da Copa América de 2004 e na Copa das Confederações de 2005.
Titular absoluto do time de Parreira na Copa do Mundo de 2006, Adriano não conseguiu repetir o sucesso italiano no Mundial, e viu o escrete canarinho ser eliminado nas quartas de final para a França.
Em 2008, já longe de sua melhor forma física e em rota de colisão com Roberto Mancini, então treinador da Internazionale, o brasileiro acertou seu retorno ao país natal. Adriano foi anunciado como novo reforço do São Paulo para o primeiro semestre daquele ano. E a parceria foi um sucesso: o atacante brilhou com a camisa tricolor e melhorou seu rendimento dentro de campo. A única frustração para a torcida são-paulina aconteceu na Copa Libertadores, quando o clube do Morumbi foi eliminado pelo Fluminense, em partida apagada do Imperador.
De volta ao Velho Continente, as polêmicas envolvendo o Imperador não cessavam. Em uma atitude pouco profissional, o atacante abandonou seu clube e viajou fugido ao Brasil. Alguns dias depois, revelou que não tinha mais vontade de jogar futebol e colocou a sequência de sua carreira em xeque.
No ano de 2009, o Flamengo anunciou a contratação de Adriano, que foi o melhor jogador do Campeonato Brasileiro, artilheiro da competição (ao lado de Diego Tardelli, ambos com 19 gols) e campeão. Na temporada seguinte, com a chegada de Vágner Love, criou-se o "Império do Amor", apelido dado pela torcida rubro-negra à nova dupla de ataque do time. Sem grandes sucessos, a notícia do interesse da Roma pelo futebol do centroavante foi recebida como salvação para um problema iminente. Proposta concretizada e o Imperador voltaria ao país em que ganhou fama e projeção. Fiasco com a camisa romana, Adriano fez apenas oito jogos pelo clube e, em 2011, foi anunciado como reforço do Corinthians.
No Timão, o jogador teve aproveitamento pífio. Sofreu uma lesão no calcanhar de Aquiles e faltou em dezenas de sessões de fisioterapia. Só estreou no Alvinegro na vitória de virada diante do Atlético-MG, coincidentemente, sendo dele o gol decisivo. Em março de 2012, após muitas multas e problemas com indisciplina, foi dispensado pelo Corinthians.
Ainda se recuperando da cirurgia no calcanhar, Adriano chegou a treinar com o grupo do Flamengo, mas decidiu terminar o processo de recuperação sem o vínculo com o clube carioca.
Em dezembro de 2013, passou a realizar treinamentos no CT do Atlético-PR. Caso entrasse em forma até o início de 2014, o Imperador assinaria um contrato de produtividade com o Furacão, que disputaria a Libertadores naquela temporada.
No dia 11 de fevereiro de 2014, Adriano assinou um contrato para defender o Atlético-PR. O Imperador teve a missão de ajudar o Furacão na disputa da Libertadores. Mas clube e o jogador entraram em atrito e o contrato acabou ainda no primeiro semestre.
Em 11 de outubro de 2017, Adriano foi o entrevistado de Pedro Bial no programa Conversa com Bial, da Rede Globo.
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