Em escalada dramática da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o governo do ex-presidente Donald Trump anunciou que tarifas sobre produtos chineses atingirão um patamar de 104% a partir desta quarta-feira (8). A medida, divulgada pela Casa Branca, surge como resposta direta às tarifas retaliatórias impostas por Pequim, que também taxou produtos americanos em 34%.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, justificou a ação, afirmando que "foi um erro da China retaliar" e que "quando a América é atingida, (Trump) revida com mais força." A administração Trump sinalizou estar aberta a negociações, mas ressaltou que agirá sempre em defesa dos interesses dos cidadãos americanos. Leavitt não detalhou as condições para uma possível reversão das tarifas.
A notícia provocou turbulência nos mercados financeiros globais. As bolsas de valores registraram oscilações significativas, com breve período de recuperação seguido por perdas acentuadas.
A China reagiu com veemência, classificando as tarifas americanas como "chantagem" e prometeu "lutar até o fim." Trump, no entanto, expressou confiança de que Pequim buscará um acordo.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, criticou a postura desafiadora da China, argumentando que os Estados Unidos, como país deficitário, têm menos a perder com a imposição de tarifas. Ele também revelou que diversos países, incluindo a Coreia do Sul, manifestaram interesse em negociar acordos comerciais com os EUA.
A medida de Trump gerou preocupação entre legisladores republicanos, que temem o impacto negativo das tarifas na economia e possíveis reações negativas dos eleitores.
Pequenas empresas, que dependem fortemente de produtos importados, também manifestaram apreensão com o aumento dos custos e a incerteza do cenário econômico.
Trump, por sua vez, defendeu as tarifas, argumentando que elas representam uma "oportunidade de redefinir a mesa do comércio." Ele sinalizou que as tarifas podem ser permanentes, mesmo com a abertura de negociações com outros países.
*Com informações do USA Today
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