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Sem ex-presidente, bolsonaristas protestam contra Moraes e Lula

Manifestação em prol do ex-presidente Jair Bolsonaro

Sem ex-presidente, bolsonaristas protestam contra Moraes e Lula
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Bolsonaristas realizam atos espalhados pelo país neste domingo (3) contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, e o presidente Lula (PT).

Manifestações foram programadas em ao menos 20 capitais, em todas as regiões do Brasil. Cidades do interior também registram atos, marcados ainda por exaltações ao presidente dos EUA, Donald Trump. O principal ato, em São Paulo, começou à tarde.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não pôde participar porque, desde o último dia 18, precisa cumprir medidas restritivas impostas por Moraes, como usar tornozeleira eletrônica e não sair de sua casa, em Brasília, nos fins de semana.

Ele acompanha os eventos de casa e afirmou, em mensagem divulgada por lista de transmissão: "Obrigado a todos", "pela nossa liberdade". Um vídeo mostra o ex-presidente assistindo, pelo celular, ao ato em Belém, onde a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro participou.

"Uma diplomacia nanica, provocando os Estados Unidos, desrespeitando a autoridade do presidente Trump, dizendo que ele é um nazista, fascista e quer ser o dono do mundo. As consequências chegam. Irresponsável, mentiroso", disse Michelle Bolsonaro durante discurso em que atacou Lula e o STF.

Parlamentares do PL no Pará foram os primeiros a discursar, com falas contra Moraes, Lula e o governador do estado, Helder Barbalho (MDB).

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), participou do ato em Copacabana, que ocupou dois quarteirões da orla da Avenida Atlântica. Castro defendeu Jair Bolsonaro como "única opção" para a eleição de 2026. Bolsonaro está inelegível.

O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) puxou gritos de "Magnitsky" e pediu anistia aos presos pelos ataques golpistas de 8 de janeiro.

A Polícia Militar voltou a não fazer estimativa de público, como é usual. Em ato bolsonarista em março, a corporação divulgou um número, mas não explicou o cálculo.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chamou Moraes de "vagabundo" e divulgou uma mensagem de voz do pai saudando o público.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também exibiu uma mensagem de Bolsonaro no celular durante o ato em Belo Horizonte. Bolsonaristas se reuniram na Praça da Liberdade e discursaram sob o tom de que o STF é inimigo. Uma faixa estendida no carro de som dizia, em inglês: "Leave Bolsonaro alone" (Deixem Bolsonaro em paz).

Parlamentares bolsonaristas, como os deputados Filipe Barros (PL-PR), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), anunciaram os atos pelas redes sociais, sob o slogan "Reaja, Brasil".

Os atos ocorrem quatro dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a imposição de sanções financeiras a Moraes, com base na Lei Magnitsky.

Na sessão do STF da última sexta-feira (1º), a primeira desde o anúncio das sanções, Moraes classificou como "covardes e traiçoeiras" as ações do governo americano e disse haver "traição à pátria", direcionando sua reação principalmente a Eduardo Bolsonaro.

Em Brasília, os manifestantes se reuniram próximos à sede do Banco Central, com um carro de som. Como de costume, usavam adereços verdes e amarelos e carregavam a bandeira do Brasil. Também havia bandeiras dos Estados Unidos e de Israel.

Também houve manifestações de apoio a Bolsonaro e a outros aliados que foram alvo do STF, como Daniel Silveira. Os manifestantes pediam anistia, a revogação do IOF e faziam menções positivas à Lei Magnitsky. Também incentivavam os motoristas a buzinar, em apoio ao ato.

Os discursos contaram apenas com figuras do segundo escalão do bolsonarismo, como a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e o senador Izalci Lucas (PL-DF), que até 2024 estava no PSDB, antes de se filiar ao partido de Bolsonaro.

Procurada, a Polícia Militar do Distrito Federal informou que não divulga estimativas de público para esse tipo de evento. O número de pessoas presentes em atos da direita e da esquerda tem sido motivo de tensão nas últimas manifestações, com diversos cálculos sendo criticados por opositores.

No Sudeste, atos foram marcados para São Paulo e cidades do interior, além de Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vila Velha (ES).

A marcação de atos em diferentes cidades, segundo bolsonaristas, seria uma tentativa de tornar as manifestações mais acessíveis e permitir que parlamentares tivessem protagonismo em seus redutos.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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