Borebi - Uma protetora da causa animal denunciou em suas redes sociais o suposto abandono, por um servidor, de uma cachorra que havia sido recolhida pela prefeitura após avançar em uma funcionária dos Correios, na última sexta-feira (18), em Borebi (45 quilômetros de Bauru). Um boletim de ocorrência (BO) de supostos maus-tratos a animais foi registrado. O funcionário público também registrou BO, por suposta difamação. O prefeito de Borebi, Chiquinho (MDB), informou que irá apurar o caso. A ocorrência também será investigada pela Polícia Civil.
Na postagem, a protetora Monaliza Reis diz que a cachorra, uma pit bull, estava solta na rua e aparentava ser dócil, mas foi taxada de agressiva por conta da má fama da raça depois de avançar na funcionária dos Correios, que caiu e sofreu escoriações. A Polícia Militar (PM) foi chamada e, como o tutor não foi localizado, ela foi recolhida pela Defesa Civil Municipal.
A protetora, conhecida por acolher cães abandonados, alega que, logo depois, recebeu denúncia de que um servidor municipal teria supostamente abandonado o animal em uma estrada de terra em Agudos. No sábado (19), após buscas, a cachorra foi encontrada na zona rural de Lençóis Paulista e, segundo a postagem, adotada e encaminhada para um local seguro.
Ela também levou o caso até o Ministério Público (MP). Nesta terça-feira (22), de acordo com a protetora, o contrato que a Prefeitura de Borebi mantinha com o marido dela, prestador de serviços, foi rescindido pela administração. Ela alega possuir um áudio sobre o fato e disse que ele será anexado aos autos do inquérito para apuração de eventual coação.
A reportagem apurou que o funcionário público também registrou um BO, por difamação. Ele alegou que o animal teria pulado da caçamba do seu veículo e fugido durante o trajeto até um abrigo temporário em Lençóis Paulista. O caso será investigado pela Polícia Civil que, procurada pela reportagem, confirmou os registros dos BOs.
O prefeito de Borebi declarou que desconhecia a situação e disse que o município faz contato com ONGs da região quando um animal recolhido precisa de acolhimento. “Eu acho difícil isso ocorrer”, afirmou. ”Vamos averiguar para ver se ocorreu ou não. Pode ser um mal entendido”.
Ele argumenta que é um defensor dos animais na cidade e conta que, além de ter proposto uma lei municipal, já aprovada, proibindo fogos de artifício com ruídos em Borebi também realiza castrações de cães e gatos anualmente.
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