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Preço do café brasileiro sobe e importadores dos EUA se preocupam

Tarifa de 50% nos EUA pode encarecer o café brasileiro, afetando importadores e consumidores estadunidenses.

Preço do café brasileiro sobe e importadores dos EUA se preocupam
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O café brasileiro, principal fornecedor da bebida nos Estados Unidos, enfrenta uma alta histórica nas tarifas de importação. A taxa de 50% imposta pelo governo de Donald Trump coloca sob pressão importadores e pode elevar significativamente o preço pago pelos americanos.

Durante décadas, o café chegava aos EUA praticamente livre de impostos. Agora, produtos essenciais para blends populares estão incluídos na lista com tarifa de 50%, afetando diretamente a rotina de consumo da população.

Preços disparando nas prateleiras

Peter Longo, importador em Nova York e dono da Puerto Rico Importing Company, estima que a libra do café brasileiro, hoje vendida a US$ 15,99 (R$ 194/kg), pode subir para cerca de US$ 24 (R$ 290/kg) com o aumento da tarifa. "Isso é uma loucura. As pessoas não vão comprar café por quase US$ 30 a libra. Isso vai matar o mercado americano do café brasileiro", afirma.

O impacto é duplo: enquanto o objetivo do governo americano é proteger a produção local e gerar empregos, o café não pode ser cultivado em quantidade suficiente nos EUA, tornando o país dependente das importações.

A dependência americana do café brasileiro

O café cresce apenas em regiões tropicais, limitadas a áreas próximas ao Equador. Nos EUA, há cultivo apenas em pequenas regiões do Havaí, Porto Rico e sul da Califórnia, insuficientes para atender às 450 milhões de xícaras consumidas diariamente.

Do total de café consumido no país, cerca de um terço é fornecido pelo Brasil, principal destino das exportações brasileiras da bebida. Entre janeiro e julho deste ano, os EUA importaram 3,713 milhões de sacas, representando 16,8% das vendas brasileiras.

Negociações e estoques dão fôlego

O Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) informa que, até julho, os estoques de importadores americanos reduziram o impacto imediato do tarifaço, que entrou em vigor em 6 de agosto. "Indústrias americanas têm estoque para 30 a 60 dias, o que dá algum fôlego, mas pedidos de prorrogação podem prejudicar o setor", explica Márcio Ferreira, presidente do Cecafé.

A corrida agora é para negociar a inclusão do café brasileiro na lista de exceções às tarifas, buscando evitar que os consumidores americanos paguem valores exorbitantes e que o mercado seja prejudicado a médio prazo.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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